Secretaria de Educação de Parnamirim investiga denúncia de agressão de professora a aluno em CMEI


Mãe também registrou boletim de ocorrência após filho, de 4 anos, aparecer com machucados nos braços e no peito. Criança passou por exame de corpo de delito. CMEI Djanira Freire da Mota, em Parnamirim (RN)
Stephany Souza/Inter TV Cabugi
A Secretaria de Educação de Parnamirim abriu investigação para uma denúncia de que um aluno de 4 anos teria sido agredido por uma professora em um CMEI do município. A mãe da criança também registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil.
O caso teria ocorrido no CMEI Djanira Freire da Mota, em Cajupiranga. Segundo a mãe da criança, que preferiu não se identificar, o filho chegou em casa na sexta-feira passada (9) com hematomas nos braços e no peito. Dias antes, segundo ela, já havia mostrado a mão machucada e um braço arranhado.
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A Secretaria de Educação de Parnamirim informou que, através da assessoria jurídica, trabalha na investigação do caso. Segundo a pasta, a criança e a mãe dela receberam suporte e acolhimento, e o processo de escuta das partes envolvidas foi iniciado.
Segundo a mãe, a professora chegou a ser inicialmente afastada das salas de aula, mas nesta quarta-feira (14) trabalhou normalmente.
A secretária de Educação de Parnamirim, Eliza Toscano, disse que o caso ainda passa por uma avaliação jurídica, que pode ou não culminar com o afastamento.
“Essa é uma uma atuação da assessoria jurídica, que está recebendo hoje todo o material para que essa medida seja tomada dentro da legislação. Nós temos um regimento interno e precisamos cumprir o que determina esse regimento”, disse.
Segundo a secretária, um assistente social, um psicopedagogo e dois psicólogos formam uma equipe que acompanham o caso diretamente na escola.
“A orientação que nós passamos para a unidade escolar, era que um membro da gestão ou uma das duas diretoras ou a coordenadora escolar acompanhasse a prática da professora hoje [quarta] em sala”, disse.
“Os nossos técnicos também estariam durante todo o horário de atendimento em observação da postura. São fatos importantes para compor o material ao jurídico”, completou o a secretária.
Criança chegou com hematomas no corpo
A mãe relatou que o filho, de 4 anos de idade, chegou com machucados nos braços e no peitoral nas última sexta-feira (9) – e que essa não teria sido a única vez que isso ocorreu.
Ao ser questionado pela mãe, a criança teria dito que os machucados foram causados pela professora.
“Há uns dias ele chegou em casa reclamando que a mãozinha dele tava machucada. Porém eu achei que tinha sido no parquinho. Outra vez, ele chegou com arranhão no braço e ele falou que tinha sido a tia [professora]”, disse a mãe, que preferiu não se identificar.
“Mas quando foi sexta-feira agora, dia 9, ele chegou em casa com hematoma nos braços e no peito”.
Na própria sexta-feira, a mãe procurou a escola e disse que não recebeu informações do que poderia ter ocorrido. Ela recebeu suporte para denunciar o caso, segundo a direção da escola, e registrou boletim de ocorrência.
O caso passou a ser investigado pela Delegacia Especializada na Proteção da Criança e do Adolescente em Parnamirim como suspeita de lesão corporal dolosa.
A criança também passou por exame de corpo de delito, mas o laudo pericial não havia sido concluído até esta quarta.
Acolhimento na escola
Uma das diretoras da escola, Érica Ribeiro disse que a mãe pediu para conversar com a direção da escola na própria sexta-feira passada (9) após a aula e mostrou as lesões na criança.
“Eu vi, achei estranho e perguntei o que tinha acontecido. Ela disse: ‘Ele diz que foi a professora que causou isso'”, contou.
A direção acionou a Secretaria de Educação para apuração do caso logo em seguida.
“A Secretaria chegou, poucos minutos depois do conhecimento do fato, conversou com a mãe, acolheu a mãe e também a auxiliou, conduzindo ela para delegacia para que ela pudesse fazer o BO e posteriormente o exame de corpo de delito e afins”, pontuou a diretora.
Equipes de secretarias do Município têm apurado o fato dentro da escola e dado assistência desde a denúncia, segundo a professora.
“Estão dando apoio, averiguando os fatos e também nos ajudando nessa condução, porque é algo que a gente não está acostumado, é algo que é não é para acontecer, então nos pega de surpresa e nos deixa abalados”, falou.
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