
Talita New York, como é conhecida, foi presa após não usar tornozeleira eletrônica como parte da condenação por armazenar e vender no Brasil mercadorias trazidas dos Estados Unidos sem pagar impostos. Defesa diz que irá recorrer da decisão. Influenciadora Talita New York foi presa no dia 16 de abril, em Mafra (SC).
Reprodução/Redes sociais
Talita Zuccoli, conhecida como Talita New York, irá cumprir a pena de quatros anos, um mês e sete dias em regime fechado. A decisão judicial foi divulgada no dia 30 de abril e confirmada pela defesa da influenciadora ao g1 nesta quarta-feira (7).
Talita é de Maringá, no norte do Paraná, e tem duas condenações pelo crime de descaminho por armazenar e vender no Brasil mercadorias trazidas dos Estados Unidos de forma ilegal e sem o pagamento de impostos. Relembre o caso abaixo.
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A prisão cautelar aconteceu no dia 16 de abril, em Mafra, no estado de Santa Catarina, depois de ficar seis meses foragida por não ter colocado tornozeleira eletrônica, segundo o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).
Na audiência de justificativa, no dia 24 de abril, Talita explicou que não entendeu a ordem quando recebeu a ligação para agendar a instalação da tornozeleira eletrônica. Ela também disse que tentou trocar a data, por estar em viagem, mas foi “surpreendida” pelo mandado de prisão. Depois, contou que ficou na casa de amigos durante o período que esteve foragida.
A juíza, entretanto, argumentou na decisão que Talita foi intimada pessoalmente, antes da viagem, para a instalação.
A influenciadora digital está atualmente presa na Penitenciária Feminina do Paraná, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
A defesa de Talita informou ao g1 que irá recorrer da decisão.
Entenda o caso
PM prende influenciadora digital de Maringá
Talita foi condenada em duas ações pelo crime de descaminho cometido em setembro de 2017 e setembro de 2018.
Na primeira, Talita recebeu a pena de dois anos e nove meses em regime fechado. Na outra, dois anos de prisão.
As penas foram substituídas por prestação de serviços à comunidade e pagamentos de salários mínimos.
Em abril de 2023, a Justiça Federal informou que o valor e o serviço não foram cumpridos integralmente e unificou as penas, sendo que a influenciadora ainda deveria cumprir quatros anos, um mês e sete dias de reclusão.
Em maio de 2024, foi decidido que Talita deveria cumprir a pena em regime semiaberto monitorada por tornozeleira eletrônica. A instalação do aparelho não aconteceu, de acordo com o TJ-PR, e a influenciadora alegou que não tinha condições de se deslocar até Paranavaí para colocar a tornozeleira.
Entretanto, o juiz afirma que foi Talita quem escolheu realizar o procedimento no dia 2 de outubro, na cidade que fica a 80 quilômetros de Maringá. Ele também cita que existe uma gravação telefônica comprovando o agendamento.
A decisão da Vara de Execuções Penais, Medidas Alternativas e Corregedoria dos Presídios da Comarca da Região Metropolitana de Maringá, publicada no dia 4 de outubro de 2024, revogou o benefício do regime semiaberto de Talita. No mesmo período, o mandado de prisão foi expedido.
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