
No encontro realizado em Barra Bonita (SP), os membros do GFI apresentaram ações de curto, médio e longo prazo dentro da operação “Algae-Tietê”, detalhando os processos de fiscalização e proteção ambiental do rio. Grupo debate soluções para acúmulo de aguapés e amplia fiscalização do Rio Tietê
O Grupo de Fiscalização Integrada das Águas do Rio Tietê (GFI-Tietê) se reuniu na tarde desta terça-feira (6) em Barra Bonita (SP) para apresentar seu plano de ação e debater soluções para o acúmulo de aguapés, um problema recorrente que impacta a navegação no principal rio do estado de SP, o Tietê.
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O encontro, realizado a bordo do navio do empresário e jornalista Carlos Nascimento, um defensor da causa do rio, reuniu prefeitos de 67 municípios das bacias Tietê/Batalha e Tietê/Jacaré, autoridades do governo estadual, representantes de comitês de bacias hidrográficas e da sociedade civil.
Grupo debate soluções para acúmulo de aguapés e amplia fiscalização do Rio Tietê no interior de SP
TV TEM/Reprodução
No centro do debate estava o aumento da proliferação de algas e macrófitas, intensificado pela alta das temperaturas no estado. Os membros do GFI apresentaram ações de curto, médio e longo prazo dentro da operação “Algae-Tietê”, detalhando os processos de fiscalização e proteção ambiental do rio.
“O que falta para nós são ações executivas de curto prazo. Por exemplo, o tratamento de esgotos. Tem cidades importantes da nossa região, cidades populosas, que não tratam um metro de esgoto, um litro. Isso não pode continuar”, explica Carlos Nascimento.
Empresário e jornalista Carlos Nascimento
TV TEM/Reprodução
Durante a reunião, foram detalhadas ações emergenciais já em andamento, como o vertimento controlado de macrófitas na barragem de Barra Bonita para desobstruir o canal de navegação e o lançamento de uma sonda para monitorar a qualidade da água.
Representantes de ONGs também tiveram a oportunidade de questionar o subsecretário de Recursos Hídricos e Saneamento, Cristiano Kenji,que esteve presente, e apresentar suas opiniões sobre as próximas etapas.
Até o momento, as ações de monitoramento do GFI-Tietê percorreram quase 4 mil quilômetros de trechos navegáveis do rio e resultaram na emissão de mais de 80 autos de infrações ambientais em diversos municípios, principalmente por desmatamento irregular.
Nesse esforço, a CETESB vistoriou 14 Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) e seis empresas, além de coletar amostras para análise. As multas aplicadas pela Polícia Ambiental somam mais de R$ 225 mil.
Grupo debate soluções para acúmulo de aguapés e amplia fiscalização do Rio Tietê no interior de SP
TV TEM/Reprodução
Segundo o subsecretário Cristiano Kenji, no trecho de Barra Bonita, medidas estão sendo adotadas para evitar mais impactos na navegabilidade.
“Logo que lançou esse plano de ação, uma das primeiras ações foi uma junto com a concessionária e os demais órgãos aqui envolvidos, também a SEMIL, para buscar ações para desobstrução do canal de navegação. Nas ações de médio prazo, o departamento hidroviário está com algumas medidas para colocação de barreiras, evitando novas interrupções do canal de navegação”, explica Kenji.
Um dos pontos cruciais da reunião foi a importância de ampliar a participação de mais prefeituras no GFI-Tietê para expandir as fiscalizações por todo o estado. Ao final do evento, foi aberta a oportunidade para que as cidades presentes aderissem ao grupo.
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