Família de brasileira que morreu na Índia busca ajuda para trazer corpo da jovem ao RS; parentes desconfiam das circunstâncias da morte


Katchucia Drielle Moesch Flores, 29 anos, estava morando na Índia e morreu em uma colisão entre carro e caminhão. Família pede esclarecimentos das circunstâncias do acidente e busca ajuda para trazer corpo de jovem ao Brasil. Familiares de brasileira que faleceu na índia buscam esclarecimentos
Familiares e amigos de Katchucia Drielle Moesch Flores, 29 anos, buscam esclarecer a as circunstâncias da morte da gaúcha, natural de São Sebastião do Caí, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
A jovem sofreu um acidente de carro no estado de Punjabi, na Índia no último domingo (23), segundo autoridades locais. Além disso, a família busca ajuda para trazer o corpo da jovem de volta ao Brasil.
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A mãe de Katchucia, Rejane Terezinha Moesch, de 61 anos, conta que ainda não sabe como vai trazer o corpo da filha de volta a Novo Hamburgo, onde mora a família.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores afirma que “o translado dos restos mortais de brasileiros falecidos no exterior é decisão da família e não pode ser custeado com recursos públicos, à luz do § 1º do artigo 257 do decreto 9.199/2017”.
Por isso, a família está realizando uma campanha de translado com um custo estimado de R$150 mil.
“Nós queremos trazer o corpo para cá, para as crianças poderem quebrar esse ciclo, se despedirem oficialmente da mãe. Se eu conto pra eles hoje, daí eles vão ficar imaginando que a mamãe pode vir a qualquer momento, entendeu?”, explica a mulher.
A jovem era esteticista de profissão e tinha quatro filhos, com idades entre dois e 15 anos.
Família questiona acidente
Rejane explica também que a família questiona o acidente e acredita que a jovem possa ter sido vítima de um crime.
“Foi o assassinato seguido de um acidente, na minha opinião. Mas como é que eu vou provar isso hoje? Não tem como”, afirma a mãe da jovem.
Segundo informações das autoridades da região, Katchucia estaria em um carro junto com o marido, um indiano, e o motorista quando o veículo colidiu com um caminhão. Eles estavam a caminho do aeroporto onde Katchucia embarcaria para o Brasil. As outras duas pessoas não ficaram feridas no acidente.
“A gente achou muito estranho justo no momento que ela tava vindo embora e que ela dizia pra nós ‘quando eu chegar aí, eu vou procurar um bom advogado e eu tenho as provas de tudo que ele estava fazendo pra mim’, ela dizia”, afirma a irmã.
Katchucia relatava agressões
De acordo com Rejane, a filha viajou em setembro para conhecer pessoalmente o homem, com quem se relacionava virtualmente desde 2023. O plano era voltar em dezembro, mas a filha relatou que foi forçada a ficar.
Rejane afirma que a jovem relatava agressões e ameaças de morte caso não se casasse com o homem. Segundo a mãe, Katchucia se casou contra a vontade para que fosse liberada para voltar ao Brasil.
Em contato com a reportagem da RBS TV, o Itamaraty afirma que “está ciente do caso e permanece em contato com os familiares da brasileira, a quem presta assistência consular, e com as autoridades locais”. Leia manifestação completa abaixo.
Realização de sonho
Katchucia, que foi descrita por familiares como mulher sonhadora e mãe dedicada, foi para Índia realizar o sonho de conhecer o país.
“Era um sonho, como eu comentei, ele implantou na mente dela o casamento perfeito (…) Ela nunca acreditou na maldade das pessoas, sempre sofreu com isso, sempre foi muito coração”, finaliza.
Katchucia Drielle Moesch Flores tinha 29 anos
Arquivo Pessoal
Nota Ministério das Relações Exteriores
“Informa-se que a Embaixada do Brasil em Nova Délhi está ciente do caso e permanece em contato com os familiares da brasileira, a quem presta assistência consular, e com as autoridades locais. Informa-se que, em caso de falecimento de cidadão brasileiro no exterior, as Embaixadas e Consulados brasileiros podem prestar orientações gerais aos familiares, apoiar seus contatos com o governo local e cuidar da expedição de documentos, como o atestado consular de óbito, tão logo terminem os trâmites obrigatórios realizados pelas autoridades locais.
O traslado dos restos mortais de brasileiros falecidos no exterior é decisão da família e não pode ser custeado com recursos públicos, à luz do § 1º do artigo 257 do decreto 9.199/2017.
Em atendimento ao direito à privacidade e em observância ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, o Ministério das Relações Exteriores não fornece informações sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros”
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