MP inclui novo agravante e pena de preso em SC por matar e descartar corpo de advogada pode aumentar


Com a inclusão de “recurso que dificultou a defesa da vítima”, acusado do crime passa a ter quatro qualificadoras referentes ao assassinato de Karize Lemos, em 2024. Advogada Karize Lemos, encontrada morta em 8 de novembro
Instagram/Reprodução
O homem acusado de matar a advogada Karize Lemos, de 33 anos, e descartar o corpo em uma área de mata, recebeu mais uma qualificadora no processo criminal que corre contra ele em Santa Catarina. O quarto agravante é o uso de “recurso que dificultou a defesa da vítima” e foi incluído na denúncia pelo Ministério Público do Estado.
Com a atualização, “a inclusão de uma nova qualificadora pode resultar no aumento da pena em caso de condenação”, detalhou o MPSC, em nota.
Segundo o órgão, o quarto agravante entrou na denúncia após documentos mostrarem que Karize passou por cirurgia dias antes do crime. Ela estava em recuperação e usava um cateter quando foi atacada pelo então companheiro.
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A denúncia do MP narra:
O réu, de 24 anos, enforcou a companheira dentro da casa dela, em Caçador, no Oeste do estado, em 28 de setembro de 2024.
Depois, transportou o corpo da vítima até Palmas (PR) e descartou o corpo em uma área de mata.
A ossada foi encontrada 40 dias depois.
O promotor de Justiça Caio Rothsahl Botelho detalha que os novos documentos anexados ao inquérito policial mostram que a advogada estava sozinha em casa e com a saúde fragilizada no dia do crime.
Veja as qualificadoras:
Feminicídio: crime teria ocorrido em um contexto de violência doméstica e familiar em razão da condição do sexo feminino.
Motivo torpe: réu teria cometido o homicídio por desconfiar de que a companheira estaria o traindo.
Asfixia: corda teria sido enrolada no pescoço da vítima.
Recurso que dificultou defesa da vítima: advogada se recuperava de cirurgia.
Caso descoberto
O caso foi descoberto após a Polícia Militar ter sido chamada para averiguar um suposto homicídio na noite de 29 de setembro, por volta das 22h, na casa da advogada. O réu, de 24 anos, teria avisado da morte da mulher em um grupo de aplicativo de mensagens.
Na casa da advogada, segundo a PM, existiam sinais de limpeza recente e marcas de sangue, aumentando a suspeita de crime. Em 30 de setembro o homem foi preso. O g1 não conseguiu contato com a defesa do acusado.
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