Quem era a brasileira que morreu ao cair do 17º andar de prédio no Vietnã


Roraimense Rosimeiry Samuel de Franco, de 30 anos, morava no Vietnã há um mês. Namorado dela, naturalizado irlandês, foi detido pela polícia local. Família pede ajuda para trazer corpo ao Brasil. Roraimense Rosimeiry Samuel Franco, de 30 anos, havia se mudado para o Vietnã havia um mês, segundo a família
Reprodução/Instagram
A roraimense Rosimeiry Samuel Franco, de 30 anos, morreu ao cair do 17º andar do prédio em que morava na cidade de Ho Chi Minh, no sul do Vietnã, no último sábado (3). Antes de se mudar para o país asiático, ela era vendedora de pacotes de intercâmbio em uma escola de idiomas na Irlanda.
Ainda não há informações sobre as circunstâncias da morte — se ela caiu ou se foi jogada do edifício. O namorado dela, que é naturalizado irlandês, foi detido pela polícia local, segundo a família dela. A mulher morava na Irlanda há 7 anos e estava há um mês no Vietnã (entenda mais abaixo). A família pede ajuda para trazer o corpo ao Brasil.
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Natural de Boa Vista, capital de Roraima, ela era descendente de indígenas do povo Macuxi. Conhecida como Rosy, ela gostava de compartilhar nas redes sociais a rotina de viagens pela Europa, além do dia a dia no trabalho na Irlanda. Também era fã de festas de músicas eletrônicas.
Durante os 7 anos fora do Brasil, Rosy viajou a Roraima três vezes. A última viagem foi em setembro de 2023, quando passou dois meses com a família. “Não vejo a hora de voltar”, publicou ela quando esteve no Brasil.
roraimense Rosimeiry Franco, que morreu no Vietnã
Arquivo pessoal
Morte é investigada
Segundo a imprensa local, a jovem foi encontrada nua e caída em uma rua do bairro Long Binh, em um dos distritos de Ho Chi Minh. Ela se mudou da Irlanda para o Vietnã com o namorado após o homem receber uma proposta de emprego. A ideia era que Rosimeiry também trabalhasse no país asiático.
Brasileira morre ao cair de prédio no Vietnã; família pede ajuda para trazer corpo ao Brasil
Ao g1, o irmão dela, Luiz Franco, contou que a polícia local ainda não passou informações concretas sobre a morte de Rosimeiry. A família dela ficou sabendo da morte através do namorado, que está sob custódia desde sábado.
“O que nós sabemos são notícias vagas. O namorado dela está detido na polícia local e estamos aguardando a finalização do inquérito para ter a autorização da funerária, que deve fazer o processo de translado”, explicou Luiz.
“Não tem muito o que fazer sobre essa demora, estamos sempre em contato com a embaixada, na expectativa de respostas. Como o fuso horário não bate, temos que esperar”.
Após a morte de Rosimeiry, a família entrou em contato com o Ministério das Relações Exteriores para tentar trasladar o corpo da jovem para Roraima e ter mais informações sobre as circunstâncias da morte dela. Eles aguardam a liberação do corpo, que está no necrotério de um hospital de Ho Chi Minh.
Rosimeiry Samuel Franco, de 30 anos, era de Boa Vista (RR)
Arquivo pessoal
Translado do corpo
Para agilizar o translado do corpo ao Brasil, a família promove uma campanha nas redes sociais para arrecadação de dinheiro. Para que o corpo chegue ao menos a São Paulo (SP), distante cerca de 4.626 km de Boa Vista, serão necessários R$ 80 mil.
“Já contatamos a Embaixada Brasileira no Vietnã e conseguimos organizar a documentação, os trâmites legais. Como as leis lá são rígidas, a polícia local não nos informa muita coisa. A nossa Embaixada está fazendo o possível para nos deixar ciente dos fatos, que não são muitos”, disse Luiz.
Outra campanha, realizada por amigas de Rosimeiry que vivem na Europa, também é realizada para custear os gastos internacionais.
Procurado pelo g1, o Itamaraty informou que acompanha o caso por meio da Embaixada do Brasil em Hanói, capital do Vietnã. Conforme o decreto 9.199/201, o “traslado dos restos mortais de brasileiros falecidos no exterior é decisão da família e não pode ser custeado com recursos públicos”.
“Informa-se que, em caso de falecimento de cidadão brasileiro no exterior, as Embaixadas e Consulados brasileiros podem prestar orientações gerais aos familiares, apoiar seus contatos com o governo local e cuidar da expedição de documentos, como o atestado consular de óbito, tão logo terminem os trâmites obrigatórios realizados pelas autoridades locais”, disse.
Roraimense Rosimeiry Franco gostava de compartilhar rotina de viagens pela Europa nas redes sociais
Arquivo pessoal
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