Mulher acusada de matar a filha para ficar com a guarda do neto no Paraná fica em silêncio em depoimento à Justiça


Tânia de Lorena foi presa após a divulgação do caso pelo programa Linha Direta, da TV Globo. Mãe acusada de matar a filha fica em silêncio em depoimento
Tânia Djanira Melo Becker de Lorena, de 59 anos, acusada de matar a própria filha, Andréa Rosa de Lorena, ficou em silêncio em depoimento durante a audiência do caso na Justiça, que ocorreu na última sexta-feira (19).
O crime foi em fevereiro de 2007, em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR), Tânia matou a filha para tentar ficar com a guarda do neto.
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Ela ficou 17 anos foragida, mas foi presa em maio de 2024, após o programa Linha Direta, da TV Globo, contar a história do assassinato de Andréa. A prisão aconteceu em Marilândia do Sul, no norte do estado.
O MP também aponta que o crime foi cometido pelo padrasto da vítima, Everson Cilian. Em junho deste ano, ele foi condenado a 21 anos de prisão.
Ponto a ponto: entenda investigação contra mãe acusada de matar a filha no PR
Tânia Djanira Melo Becker de Lorena foi presa em Marilândia do Sul
Polícia Militar do Paraná
A audiência
Durante a audiência de instrução, outras quatro testemunhas foram ouvidas pela Justiça. Tânia responde por homicídio triplamente qualificado, e não quis responder as perguntas.
“Prefiro ficar em silêncio, não quero responder a ninguém. Isso inclui a todos. Eu quero aguardar o meu julgamento”, disse.
O Ministério Público e os advogados de Tânia devem apresentar as alegações finais no processo. Após essa fase, a Justiça decidirá se ela vai ou não a júri popular.
A defesa dela informou que não vai se pronunciar sobre o caso.
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O caso
Andréa Rosa de Lorena foi morta em fevereiro de 2007 em Quatro Barras, Região Metropolitana de Curitiba
Arquivo da família
Andréa de Lorena foi morta em 12 de fevereiro de 2007, em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba. Ela deixou dois filhos: um menino e uma menina.
Conforme a denúncia, após um almoço de família na casa da vítima, os acusados usaram um fio elétrico para enforcar Andréa até ela parar de respirar.
Depois, colocaram o corpo dela embaixo da cama, que só foi localizado dois dias após a morte.
Segundo o MP apurou, antes do crime, Tânia e Everson pediam a guarda da criança na Justiça depois de passarem um tempo cuidando do menino enquanto a mãe se recuperava de um acidente de motocicleta.
No processo que investigou o caso, para tornar os dois réus pela morte, a Justiça considerou declarações de testemunhas que acompanhavam a disputa de Tânia pela guarda do filho de Andréa.
Um dos depoimentos no processo é o do pai da vítima, ex-marido de Tânia. Ele relatou que soube de ameaças da ex-esposa à filha.
Relatou, também, que quando Tânia cuidava da criança, Andréa e o então marido, Juliano Saldanha, precisaram pegar a criança à força. O homem, apesar de não ser pai biológico do menino, ajudou a esposa a reaver o filho, de acordo com o processo.
Quando Tânia foi presa, a advogada de Juliano, Taís de Sá, afirmou que ele recebeu a notícia com alívio.
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