Eleições 2022: confira as propostas de governo do candidato ao Governo do Estado do RJ pelo Novo, Paulo Ganime


Todos os nove candidatos foram convidados para responder a oito perguntas sobre projetos para cidades do Norte, Noroeste, Região Serrana, Baixadas Litorâneas, Região Metropolitana (Rio Bonito, Maricá e Cachoeiras de Macacu) e Centro Sul Fluminense (Areal), respeitando o critério de 700 caracteres por resposta, com tolerância de mais 20 caracteres para conclusão da ideia, totalizando 720. Paulo Ganime, candidato do Partido Novo ao governo do RJ
Marcos Serra Lima/g1
O g1 publica nesta segunda-feira (19) uma série de entrevistas com os candidatos ao governo do Estado do Rio de Janeiro para as eleições gerais de 2022.
O g1 da Inter TV RJ, que cobre 50 cidades do Norte, Noroeste, Região Serrana, Baixadas Litorâneas, Região Metropolitana (Rio Bonito, Maricá e Cachoeiras de Macacu) e Centro Sul Fluminense (Areal), convidou os nove candidatos ao governo para participar da entrevista.
O objetivo do espaço é contribuir para que os eleitores das cidades da área de cobertura acompanhem as propostas de cada candidato para suas regiões. Portanto, a atuação do futuro governo nessas regiões é o foco dessa entrevista.
Todos os candidatos receberam os convites por e-mail com as regras de participação. Cada um deveria responder a oito perguntas, respeitando o critério de 700 caracteres por resposta (sem contar os espaços entre as palavras), com tolerância de mais 20 caracteres para complementação da ideia.
As regras esclarecem, ainda, que o que passar de 720 caracteres precisará ser cortado. Neste caso, os candidatos foram informados que seriam colocadas reticências e uma indicação que o resto do texto foi cortado para garantir o mesmo espaço a todos os candidatos.
O prazo dado para envio das respostas foi até o dia 14 de setembro de 2022, às 23h59.
Confira a entrevista abaixo com o candidato Paulo Ganime , do Novo.
1 – Caso eleito, como pretende estabelecer uma relação e canais de informação com os governos das regiões Norte, Noroeste, Serrana, Metropolitana (Rio Bonito, Maricá e Cachoeiras de Macacu), Baixadas Litorâneas e Centro Sul Fluminense (Areal) de forma a entender as necessidades dos gestores municipais e populações dessas regiões, assim como, fazer o devido acompanhamento das medidas implementadas?
O interior do estado sempre terá atenção especial no meu governo, assim como teve no meu mandato de deputado federal. Já visitei as 92 cidades fluminenses conversando com autoridades e a população sobre suas demandas e atuando para resolver os problemas. Destinei recursos de emendas parlamentares através de um edital em que todos os municípios foram convidados a enviarem seus projetos. E a seleção sempre foi feita de forma técnica, com análise de especialistas, sem critério político, pensando nas necessidades da população. Sempre falo que o Rio de Janeiro só se tornará forte quando aproveitarmos o potencial de cada região. Como governador continuarei mantendo esse canal de comunicação aberto, independente de partidos; visitando os municípios e conversando com autoridades, meios de comunicação, entidades de classes e população.
2 – Cite, objetivamente, as principais carências detectadas, se for o caso, nestas regiões que precisam de uma atenção especial do Estado. E gostaria de especificar alguma ou algumas cidades onde esses problemas são mais evidentes?
A economia do RJ é muito concentrada na Capital. A falta de infraestrutura e os altos impostos afastam as empresas do RJ. Precisamos formar mão de obra, a EMATER precisa ser reequipada para auxiliar os produtores rurais, as estradas precisam estar em boas condições para o transporte de carga. Perdemos a cana de açúcar para SP por conta dos impostos. Faltam políticas públicas para o turismo ecológico, cultural e gastronômico. Vamos incentivar a realização de feiras de turismo para atrair novas oportunidades de negócios. Na Região Serrana e no Sul Fluminense, nós temos problemas graves com temporais, que causam mortes e grandes prejuízos materiais. Será criado um centro de inteligência estadual para monitorar e evitar desastres. Na Região Norte e Noroeste, vamos providenciar a limpeza dos rios para evitar os transtornos causados pelas inundaç… [o resto do texto foi cortado para garantir o mesmo espaço a todos os candidatos]
3 – Caso eleito, quais serão as regiões, fora da capital, prioritárias? Algum projeto importante que precisa ser implementado de forma mais emergencial em algum ou alguns municípios? Quais ações e onde?
É preciso priorizar a vocação de cada região. Nossas riquezas estão, por exemplo, na agricultura; na produção de óleo e gás e no Porto do Açu na Região Norte; no setor automobilístico do Sul Fluminense; na moda, na metalurgia e cervejas artesanais na Serra; café e leite no Noroeste; e no turismo, em todo estado. Precisamos desenvolver a cadeia de fornecimento dentro do estado para cada um desses arranjos produtivos. Pretendo reduzir o ICMS e aumentar o prazo de pagamento de 25 para 45 dias. A segurança é importante para a população e para termos novas empresas. Vamos ofertar cursos profissionalizantes aos jovens para prepará-los para o mercado de trabalho. Na saúde, vamos reduzir a fila de espera de cirurgias eletivas para no máximo 3 meses. Vamos unificar o SISREG e o SER, dar transparência e permitir a marcação pelo próprio paciente.
4 – Se eleito, estarão entre as metas do governo melhorias nas rodovias estaduais que cortam os municípios dessas regiões? Se sim, o que será feito e onde?
Certamente. Rodovias ruins tiram vidas, afastam empresas e dão prejuízo ao agricultor. As rodovias estaduais com volume de tráfego elevado serão alvos de estudos para concessão com o objetivo de aumentar a qualidade e segurança dos motoristas. Já as rodovias estaduais que possuem um fluxo menor continuarão sob gestão do Estado. Elas serão geridas pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Rio (DER), que atualmente está sucateado e com um corpo técnico defasado. Nós vamos implementar uma nova gestão com novos profissionais no DER. Além disso, é fundamental que seja feito um investimento na infraestrutura das estradas para receber e destinar cargas. Precisamos recuperar as estradas vicinais e rodovias estaduais, de forma que os produtores tenham oferta de fornecedores de transportes para conseguirem escoar a produção.
5 – Quais serão as principais ações do governo voltadas para o desenvolvimento da economia local e geração de empregos nessas regiões?
Investir na atração de empresas e fomentar o turismo em todas as regiões. O estado do Rio vem perdendo empresas para vários outros estados por conta do alto valor do ICMS. Estamos vivendo uma guerra fiscal e precisamos agir para garantir a sobrevivência do nosso estado. Então, vamos reduzir impostos, a fim de oferecer melhores condições de competitividade às empresas; e também para a movimentação dos turistas; realizar feiras e seminários de negócios e de turismo; garantir o pleno desenvolvimento do mercado de gás natural. Dar apoio a todas as prefeituras para impulsionar a promoção do livre mercado em conformidade com a Lei de Liberdade Econômica, a fim de garantir segurança jurídica e facilitar os processos para empreendedores locais; estimular a cooperação entre universidades, autoridades e empresários para a solução dos problemas locais.
6 – Sobre segurança pública: algum projeto a ser implementado ou ampliado? O número de Institutos Médicos Legais que atendem aos 50 municípios dessas regiões é suficiente ou há política de ampliação para locais que não possuam esse serviço?
Nós vamos investir na infraestrutura das polícias, com aquisição de equipamentos, formação policial e inteligência. Além disso, o serviço de videomonitoramento será ampliado para todo o estado. É fundamental levar os serviços do estado para as áreas que hoje são dominadas pelo crime. Vamos combater a corrupção no poder público, através do combate à lavagem de dinheiro, prática que sustenta os mesmos grupos criminosos que dominam áreas pelo estado. Atualmente, os Institutos Médicos Legais estão sofrendo com a falta de profissionais . Somente na área técnica, existe um déficit de mais de 40%. Antes de ampliar o número de institutos, nós precisamos melhorar o funcionamento com a contratação de peritos para que os servidores atendam com eficiência e rapidez todas as demandas do estado.
7 – Diante do avanço da especulação imobiliária, como, se eleito, pretende proteger o bioma Mata Atlântica? Qual vai ser seu olhar para a sustentabilidade e recuperação florestal? E considera necessário rever ou atualizar os processos de liberação de licenças ambientais e de fiscalização de possíveis ameaças?
Em relação ao licenciamento ambiental, vamos colocar pessoas técnicas em cargos gerenciais e de coordenação do INEA e priorizar os profissionais de carreira. Iremos aumentar a eficiência das análises dos processos para obtenção de licenças ambientais. Vamos ainda fortalecer a fiscalização e melhorar a infraestrutura das 39 unidades de conservação estaduais, estabelecendo as áreas foco para reflorestamento e conectividade da paisagem visando à conservação da biodiversidade. Temos várias propostas para o agronegócio sustentável para as unidades de conservação, com o objetivo de preservar a Mata Atlântica e a formação de corredores florestais para a biodiversidade. Precisamos combater a burocracia para que aqueles que querem gerar desenvolvimento sustentável e dentro da lei avancem não dando espaço para o ilegal.
8 – Cite outras ações, além das citadas anteriormente, ou algum projeto específico que gostaria de implementar e contar à população dessas regiões sobre?
A taxa de desemprego do estado do Rio é a terceira maior do Brasil. É um problema grave, que precisa de atenção especial. Precisamos criar oportunidades, principalmente para nossos jovens. Por isso vamos investir no ensino técnico profissionalizante, expandindo a oferta de cursos através do mapeamento das oportunidades de desenvolvimento econômico local e tendências de mercado. Com cursos que duram até 6 meses, vamos colocar o jovem no mercado de trabalho. Já contamos com as unidades da Faetec, mas vamos implantar o Programa Trilhas do Futuro, que oferece gratuitamente cursos técnicos aos estudantes e egressos do ensino médio, através de parceria com instituições públicas e privadas, com ou sem fins lucrativos, que poderão ofertar formação profissional e técnica de nível médio. Vamos integrar também a atuação das universidades estaduais.
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