Eleições 2022: confira as propostas de governo da candidata ao Governo do Estado do RJ pela UP, Juliete Pantoja


Todos os nove candidatos foram convidados para responder a oito perguntas sobre projetos para cidades do Norte, Noroeste, Região Serrana, Baixadas Litorâneas, Região Metropolitana (Rio Bonito, Maricá e Cachoeiras de Macacu) e Centro Sul Fluminense (Areal), respeitando o critério de 700 caracteres por resposta, com tolerância de mais 20 caracteres para conclusão da ideia, totalizando 720. Juliete Pantoja, da UP, em entrevista ao g1
Stephanie Rodrigues/g1
O g1 publica nesta segunda-feira (19) uma série de entrevistas com os candidatos ao governo do Estado do Rio de Janeiro para as eleições gerais de 2022.
O g1 da Inter TV RJ, que cobre 50 cidades do Norte, Noroeste, Região Serrana, Baixadas Litorâneas, Região Metropolitana (Rio Bonito, Maricá e Cachoeiras de Macacu) e Centro Sul Fluminense (Areal), convidou os nove candidatos ao governo para participar da entrevista.
O objetivo do espaço é contribuir para que os eleitores das cidades da área de cobertura acompanhem as propostas de cada candidato para suas regiões. Portanto, a atuação do futuro governo nessas regiões é o foco dessa entrevista.
Todos os candidatos receberam os convites por e-mail com as regras de participação. Cada um deveria responder a oito perguntas, respeitando o critério de 700 caracteres por resposta (sem contar os espaços entre as palavras), com tolerância de mais 20 caracteres para complementação da ideia.
As regras esclarecem, ainda, que o que passar de 720 caracteres precisará ser cortado. Neste caso, os candidatos foram informados que seriam colocadas reticências e uma indicação que o resto do texto foi cortado para garantir o mesmo espaço a todos os candidatos.
O prazo dado para envio das respostas foi até o dia 14 de setembro de 2022, às 23h59.
Confira a entrevista abaixo com a candidata Juliete Pantoja, da Unidade Popular (UP).
1 – Caso eleita, como pretende estabelecer uma relação e canais de informação com os governos das regiões Norte, Noroeste, Serrana, Metropolitana (Rio Bonito, Maricá e Cachoeiras de Macacu), Baixadas Litorâneas e Centro Sul Fluminense (Areal) de forma a entender as necessidades dos gestores municipais e populações dessas regiões, assim como, fazer o devido acompanhamento das medidas implementadas?
Nossa proposta se baseia na ideia de Poder Popular. Isto é, dar às populações o direito de interferir diretamente nas decisões de governo. Isso pode ser feito através de plebiscitos, referendos e na construção de um orçamento participativo. Nossa relação com as prefeituras se baseará nesse princípio. Não topamos relações de toma lá dá cá com prefeitos, mas queremos uma relação de trabalho produtiva onde a opinião e a decisão do povo seja o central e não os interesses políticos desse ou daquele político, como acontece hoje. Vamos dialogar com os prefeitos, sempre priorizando os interesses da população dessas cidades. O acompanhamento das ações será em conjunto com a população.
2 – Cite, objetivamente, as principais carências detectadas, se for o caso, nestas regiões que precisam de uma atenção especial do Estado. E gostaria de especificar alguma ou algumas cidades onde esses problemas são mais evidentes?
Temos alguns problemas muito grandes, mas listo aqui dois centrais: saneamento e emprego. Em alguns municípios, a água já é privatizada há muitos anos, o resultado é um serviço ruim e a conta cara. Em Bom Jardim, por exemplo, menos de 1% da população tem esgotamento sanitário, segundo o Instituto Água e Saneamento. Vamos reverter a privatização da CEDAE. Também teremos as frentes emergenciais de trabalho, que podem além de gerar milhares de empregos, também resolver a situação da falta drástica de saneamento básico em dezenas de cidades do interior. Também é importante citar o transporte público nas regiões do interior que na sua grande maioria são monopólios privados com preços altos e péssima qualidade.
3 – Caso eleita, quais serão as regiões, fora da capital, prioritárias? Algum projeto importante que precisa ser implementado de forma mais emergencial em algum ou alguns municípios? Quais ações e onde?
Precisamos de uma política de reindustrialização do estado, isso trará de volta os empregos da indústria, como a de Petróleo e Gás, fundamental em cidades como Macaé, Campos e Rio das Ostras. Queremos que o estado assuma o protagonismo em apoiar o turismo ambientalmente sustentável que pode beneficiar dezenas de cidades, desde as que têm litoral até as que estão em áreas de serra. No Noroeste do estado, não temos hospitais públicos e dependemos só da rede privada, queremos mudar isso com urgência, não dá mais para a população dessa região depender apenas das Santas Casas ou de grandes deslocamentos para conseguir atendimento. Outro ponto é a prevenção aos desastres que todos os anos são causados pelas chuvas e que o governo do estado pouco apoia, como aconteceu em Petrópolis, neste ano, e em Nova Friburgo, em 2011.
4 – Se eleita, estarão entre as metas do governo melhorias nas rodovias estaduais que cortam os municípios dessas regiões? Se sim, o que será feito e onde?
Sim, entendemos ser fundamental recuperar as rodovias. Para isso, primeiro temos que reverter as concessões que hoje só beneficiam os empresários com os altos pedágios, que encarecem o transporte. Em segundo lugar, temos que fortalecer a EMOP, Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro, ampliando seus quadros e verba de investimento para ser utilizada também na recuperação dessas rodovias. Acreditamos que assim fortalecemos a integração entre os municípios do Rio e tornaremos as viagens mais baratas para o nosso povo.
5 – Quais serão as principais ações do governo voltadas para o desenvolvimento da economia local e geração de empregos nessas regiões?
Fortalecer o setor público. Temos que retomar concursos, convocar concursados aprovados, ampliar as redes de serviços públicos estaduais em cada cidade, e criar onde não tem. Só essa medida, além de melhorar a vida do povo pobre e trabalhador que usa esses serviços, criará milhares de empregos que ajudarão nas economias locais. Mais gente empregada, mais gente come, veste, se diverte, enfim, vive dignamente, movimentando também a economia do interior. Precisamos fortalecer também a economia popular, o pequeno agricultor, os que produzem artesanato, cultura e arte em cada uma dessas cidades.
6 – Sobre segurança pública: algum projeto a ser implementado ou ampliado? O número de Institutos Médicos Legais que atendem aos 50 municípios dessas regiões é suficiente ou há política de ampliação para locais que não possuam esse serviço?
Só temos 6 IMLs fora da Região Metropolitana, o que é insuficiente. Precisaremos ampliar, para atender melhor a população em geral. No campo da segurança de forma geral, defendemos o fim das operações policiais violentas. Iremos fortalecer a fiscalização das estradas do interior, dos portos e aeroportos. A droga e as armas não são produzidas aqui, temos que evitar que elas cheguem. Daremos enfrentamento duro à milícia e ao tráfico, começando pelos setores políticos locais e estaduais que dão apoio escondido ao crime organizado. Só assim começamos a mudar essa realidade. Outra prioridade é diminuir os índices absurdos de violência contra as mulheres, que são vítimas diárias de estupros, feminicídios e violência doméstica, especialmente na Região dos Lagos, região recordista no país.
7 – Diante do avanço da especulação imobiliária, como, se eleitaFortalecer o setor público. Temos que retomar concursos, convocar concursados aprovados, ampliar as redes de serviços públicos estaduais em cada cidade, e criar onde não tem. Só essa medida, além de melhorar a vida do povo pobre e trabalhador que usa esses serviços, criará milhares de empregos que ajudarão nas economias locais. Mais gente empregada, mais gente come, veste, se diverte, enfim, vive dignamente, movimentando também a economia do interior. Precisamos fortalecer também a economia popular, o pequeno agricultor, os que produzem artesanato, cultura e arte em cada uma dessas cidades., pretende proteger o bioma Mata Atlântica? Qual vai ser seu olhar para a sustentabilidade e recuperação florestal? E considera necessário rever ou atualizar os processos de liberação de licenças ambientais e de fiscalização de possíveis ameaças?
Vamos proibir e zerar o desmatamento e aumentar o investimento nos parques estaduais e na recuperação de áreas degradadas, em especial as áreas de mangue, como temos na Região dos Lagos. Um combate firme a todos os crimes ambientais. A especulação imobiliária, de fato, é uma das principais culpadas da destruição do Meio Ambiente no Rio. Por isso, aplicaremos uma ampla reforma urbana, desapropriando prédios abandonados e adaptando-os para moradia popular, zerando o déficit habitacional. Queremos tirar as famílias do aluguel, garantir teto digno próprio a cada família, assim acabamos com a especulação imobiliária e ajudamos o meio ambiente.
8 – Cite outras ações, além das citadas anteriormente, ou algum projeto específico que gostaria de implementar e contar à população dessas regiões sobre?
Temos propostas para todo estado, mas todas elas dependem da participação popular. Na educação vamos revogar o novo ensino médio e retomar o ensino de todas as disciplinas nas escolas, na saúde queremos acabar com as OSs e retomar os concursos públicos, para acabar com a fila do SUS e melhorar o atendimento. Queremos organizar as frentes emergenciais de trabalho, para construir e reformar escolas, hospitais, casas e ruas. Defendemos outras políticas para a economia, cultura, meio ambiente e diversas áreas, convidamos a todas e todos a nos acompanharem e conhecerem elas profundamente nas nossas redes sociais. Queremos um governo onde o povo esteja de fato no poder. Só assim mudaremos de fato a história do Rio.
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