Morte do menino Djalma, baleado em confronto ao sair de casa para ir à escola em Maricá, completa um ano


Caso segue em investigação. Polícia Civil realizou reconstituição do caso na quarta-feira (10) com a presença dos policiais militares envolvidos na troca de tiros. Djalma de Azevedo foi baleado e morre durante confronto entre a PM e bandidos em Maricá, no RJ
Reprodução
A morte do menino Djalma de Azevedo, de 11 anos, baleado durante uma troca de tiros entre criminosos e policiais militares, no condomínio Minha Casa Minha Vida de Inoã, em Maricá, completou um ano nesta sexta-feira (12).
Desde o crime, familiares, amigos e vizinhos aguardam por respostas e justiça.
Segundo a assessoria de comunicação da Polícia Civil, a investigação está em andamento na Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG) e ações estão sendo realizadas para a conclusão do caso.
Procurado pelo g1, o delegado informou que prefere não comentar sobre inquéritos em andamento.
Reconstituição do caso
Polícia faz reconstituição do assassinato de menino de 11 anos em Maricá
Na última quarta-feira (10) uma reconstituição do caso foi realizada (vídeo acima). Os quatro policiais que estavam na ação durante o confronto estiveram presentes, assim como os pais de Djalma e o defensor público que acompanha a família.
De acordo com o defensor Pedro Carrilho, um laudo sobre a simulação de reprodução dos fatos será emitido, e esse laudo será analisado para dar continuidade as investigações.
Quanto ao tempo de espera pela conclusão do caso, o defensor informou que é um caso delicado e que, apesar de torcerem pela celeridade do processo, é importante que todos os meios de investigação sejam esgotados para que haja um resultado eficiente.
“É a morte de uma criança, em uma comunidade periférica e pobre, indo para escola. A coisa mais sagrada que a gente imagina é uma mãe levando uma criança para escola e, de repente, no meio do caminho, algo que a gente imagina de forma lúdica, educacional, você perde um filho com um tiro no peito. A mãe vivenciando isso. Então são atuações que transbordam e saem da racionalidade, não há nada que justifique isso”, comentou o defensor.
A defensoria também ingressou com uma ação civil para reparação à mãe de Djalma.
Relembre o caso
Djalma de Azevedo, de 11 anos, foi morto na manhã do dia 12 de julho de 2023, quando saia de casa, uniformizado, para ir à escola. Ele foi atingido por um tiro durante confronto entre criminosos e policiais militares, no condomínio Minha Casa Minha Vida, de Inoã.
Na época, Adjailma de Azevedo, mãe do menino, contou ao g1 que estava de mãos dadas com o filho e que os policiais entraram no condomínio atirando. Vizinhos também confirmaram a versão de Adjailma.
Já a Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informou, na época, que o caso ocorreu durante um patrulhamento de agentes do 12º BPM. A PM disse que as equipes foram atacadas por criminosos armados e que após o confronto, os policiais encontraram um menor de idade atingido e já sem vida. Também disseram que a viatura foi atingida pelos disparos dos criminosos, que fugiram do local.
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