Ministério da Saúde inicia construção do primeiro hospital na Terra Yanomami, em Roraima


Centro de Referência vai atender aproximadamente 60 comunidades da região, atingindo cerca de 10 mil indígenas do território Yanomami. A unidade será o primeiro hospital do território, que é atendido por polos bases de saúde. Hospital Centro de Referência em Surucucu, na Terra Indígena Yanomami, deve atender cerca de 10 mil indígenas.
Walterson Rosa/MS
O Ministério da Saúde, em parceria com a Central Única das Favelas (Cufa), e a Frente Nacional Antirracista (FNA), anunciou nesta terça-feira (27) a construção do hospital centro de referência em Surucucu na Terra Indígena Yanomami, o primeiro do território.
A pedra fundamental foi lançada no território com a presença, de forma online, da ministra Nísia Trindade, de representantes da Cufa, FNA e lideranças indígenas. Devido às fortes chuvas na região, a aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) que levaria a ministra ao território não teve condições de pousar em Surucucu.
A obra, que terá um custo de R$ 23 milhões, faz parte de um acordo de cooperação com a Cufa. O Ministério da Saúde vai investir mais de R$ 15 milhões para comportar 54 profissionais de saúde no Centro. Já a Cufa e a ONG alemã Target Reudiger Nehberg, investirão R$ 8 milhões.
Construção do Centro de Referência na TI Yanomami é anunciada
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A pedra fundamental das obras foi representada por mudas de bacaba, palmeira nativa da Amazônia. A previsão é de que o hospital seja entregue até o ano de 2025, quando as plantas estarão grandes e com frutos que representarão a conclusão dos trabalhos.
O Centro de referência irá atender aproximadamente 60 comunidades da região, atingindo cerca de 10 mil indígenas, do território Yanomami. A unidade será o primeiro hospital do território, que é atendido por polos bases de saúde.
Hospital é o primeiro do território Yanomami.
Carlos Barroco/Rede Amazônica
A obra também irá viabilizar a construção de alojamentos para profissionais de saúde, refeitórios, cozinha, além de implantar sistemas de abastecimento de água, saneamento básico e tratamento de resíduos. Também deve equipar o Centro de Referência com os recursos materiais e tecnológicos necessários para a prestação de serviços de saúde de qualidade.
Anunciou da construção do hospital na Terra Indígena Yanomami foi feito nesta terça-feira (27).
Walterson Rosa /MS
De acordo com a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), a construção “não só visa melhorar os atendimentos voltados para a saúde, mas também reafirma o compromisso contínuo com a proteção e o desenvolvimento sustentável das ações de saúde para as comunidades da região”.
Para que os atendimentos na região não fossem paralisados, foram construídos alojamentos provisórios para pacientes. O Exército e a ONG Médicos Sem Fronteiras disponibilizaram barracas e tendas de atendimento voltadas para a assistência durante a ação.
Representantes da Ministério da Saúde, Cufa, Frente Nacional Antirracista e Urihi Associação Yanomami.
Walterson Rosa/MS
Terra Indígena Yanomami
A Terra Yanomami está em emergência de saúde desde janeiro de 2023, quando o governo federal começou a criar ações para atender os indígenas, como o envio de profissionais de saúde e cestas básicas. Além de enviar forças de segurança a região para frear a atuação de garimpeiros.
Com quase 10 milhões de hectares, a Terra Indígena Yanomami é o maior território indígena do Brasil em extensão territorial. O território está localizado no Amazonas e em Roraima, onde fica a maior parte, e abriga cerca de 31 mil indígenas, que vivem em 370 comunidades.
De acordo com o Ministério da Saúde, sete polos de saúde foram reabertos desde os inícios das ações e, atualmente, 37 unidades de saúde funcionam dentro do território. Além disso, 1.497 profissionais de saúde atuam nele.
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