Boas práticas de gestão facilitam escoamento da produção de frutas no Vale


Pequenos produtores enfrentam mais desafios na comercialização da produção Agricultores familiares representam cerca de 55% dos produtores de uva no Vale do São Francisco
Aline Oliveira/Vereda Comunica
Os pequenos produtores do Vale do São Francisco enfrentam barreiras significativas na comercialização de suas frutas, o que pode comprometer sua rentabilidade. De acordo com dados dos Observatórios de Mercado da Manga e da Uva da Embrapa Semiárido, os agricultores familiares representam pouco mais de 60% entre os produtores de manga na região e 55% dos que produzem uva, responsáveis por 27% da produção nacional.
O analista de Mercado da Fruticultura Gustavo Herculano observa que muitos desses produtores dependem de intermediários para acessar os melhores mercados. Sem ter parcerias comerciais e estrutura adequada para mandar a fruta diretamente para os melhores mercados, seja interno ou externo, aumentam os riscos do negócio e a participação dos intermediários nesse processo de comercialização. E são eles, que muitas vezes, priorizam propriedades que oferecem maior retorno, considerando o maior aproveitamento da colheita e o menor custo logístico.
A ausência de um estudo de mercado somado à falta de um planejamento estratégico culmina em uma gestão ineficiente, impactando em todas as etapas da atividade, da implantação da área à comercialização. Nesse cenário, a permanência dos produtores na atividade fica comprometida. A consultoria econômica e a assistência técnica são fundamentais para que os produtores compreendam as demandas do consumidor e as barreiras que precisam ser superadas.
Consultores e clientes
Para melhorar sua posição no mercado, os produtores devem investir em planejamento e na construção de parcerias. A figura do consultor, por exemplo, complementa a experiência do produtor, ajudando a enxergar coisas que ele não está vendo e a traçar estratégias que façam com que o produtor reduza o custo e aumente a produtividade.
O consultor agronômico é uma figura já bem conhecida no mercado e é chave para garantir condições técnicas adequadas para um melhor desempenho da cultura. Já a figura do consultor econômico solidifica o planejamento estratégico da atividade, fundamentado nas informações de mercado, mediante estudo de cenários diversos em que o produtor poderá adaptar sua estratégia de modo seguro, para obter a melhor lucratividade com o menor custo possível. O conhecimento de ambos se soma à experiência do produtor e essa colaboração pode ser a chave para que os pequenos produtores consigam colocar suas frutas no mercado de forma mais eficaz.
O amor dedicado no campo precisa chegar na prateleira. Para isso, o produtor precisa conhecer o seu cliente e colocá-lo no centro da produção. Seu mercado-alvo, o potencial da sua fruta e os custos de produção e possíveis retornos financeiros precisam estar alicerçados na demanda do cliente. Essa visão abrangente é essencial para atender às expectativas do consumidor e do próprio produtor, permitindo que ele alcance resultados positivos e se destaque no mercado.
O planejamento também impacta nas decisões sobre insumos usados na cultura e prevê monitoramento das condições da plantação. Neste contexto, a assistência técnica oferecida pela Seiva do Vale ganha destaque, já que a orientação dos técnicos vai estar conectada com a estratégia do produtor.
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