Suspeito de feminicídio de jovem no RS é localizado e preso em Goiânia, diz delegada


Vítima foi identificada como Maria Eduarda Duarte Costa, 21 anos. Ela foi encontrada morta pela proprietária da casa onde morava no sábado (24). Perícia apontou asfixia mecânica como causa da morte. Maria Eduarda, encontrada morta em casa, foi vítima de feminicídio, segundo delegada
Arquivo pessoal
A Polícia Civil localizou e prendeu em Goiânia (GO) o suspeito do feminicídio de Maria Eduarda Duarte Costa, 21 anos, em Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre. De acordo com a delegada Amanda Andrade, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), o homem estava escondido na casa de um familiar. Ele não teve o nome divulgado.
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“Os trabalhos indicaram que ele havia saído ainda no sábado de manhã de Gravataí, com destino à Rodoviária de Porto Alegre, onde tomou um ônibus para São Paulo. A equipe da Deam seguiu no encalço do suspeito, obtendo êxito em localizá-lo já na cidade de Goiânia”, explicou a delegada.
O suspeito mantinha um relacionamento com Maria Eduarda e está preso temporariamente. A Polícia Civil pediu a prorrogação do prazo da prisão por mais 30 dias, por se tratar de crime hediondo. Ele será interrogado quando regressar ao RS.
O corpo da vítima foi localizado pela proprietária da casa que ela alugava, no RS. A perícia apontou sinais de asfixia mecânica como a causa da morte da jovem, segundo a polícia. Maria Eduarda foi velada e sepultada no domingo (25), em Porto Alegre.
Maria Eduarda não havia solicitado medida protetiva nem registrado ocorrência policial anteriormente.
‘Não quero que Maria Eduarda seja mais uma estatística’
À RBS TV, a tia da vítima, Elenara Souza Duarte, afirmou que o namoro era conturbado e que o homem era “ciumento e possessivo”. “Eles se conheciam há pouco tempo. Ela morava sozinha naquela casa, e ele foi morar junto dela”, descreve.
“Não quero que a Maria Eduarda seja mais uma estatística. Quero que a polícia se empenhe nesse caso”, diz a tia.
Elenara descreve a sobrinha como alguém “intensa” e “que acreditava nas pessoas”. Maria Eduarda era atendente e recepcionista de um bazar em Cachoeirinha.
A proprietária da casa onde Maria Eduarda morava a encontrou pois havia combinado um reparo no banheiro e estranhou que ela não respondia.
“Ela estava radiante, porque estava começando. Ela tinha comprado a cozinha dela, o quarto dela, tudo novinho, os eletrodomésticos, tudo”, conta a mulher, que pediu para não ser identificada.
Mais de 84% dos feminicídios foram cometidos por companheiros ou ex de vítimas no RS
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