
Iasmim Serafim, de 23 anos, começou a se interessar por arte reborn após ver vídeos sobre o assunto na infância. Atualmente, ela tem um ateliê em casa e recebe encomendas. Artista reborn de SC pinta pé de bebê
A artista Iasmim Serafim, de 23 anos, transformou o hobby em vendas em Criciúma, no Sul de Santa Catarina. Ainda criança, ela gostava de ver vídeos sobre bebês reborn e quis aprender a fazer um. Ela foi aprendendo a chamada arte reborn e hoje recebe encomendas, tanto de presentes para os pequenos quanto de colecionadores.
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👶Bebês reborn são bonecos hiper-realistas de recém-nascidos e bebês. O processo para produção começa com kits desmontados, que são pintados e montados manualmente. O cabelo é implantado fio a fio, e a pintura imita texturas de pele, veias e manchas. O nome “reborn” — renascido, em inglês — reflete esse processo artesanal.
Quando tinha cerca de 10 anos, Iasmim assistia a vídeos feitos para crianças sobre bebês reborn. “Eu sempre gostei muito de bonecas. Então, para mim, eu era apaixonada no realismo, parece um bebê”.
Para ela, inclusive, os reborn podem ser uma forma de brincadeira para os pequenos fora das telas. “As crianças hoje em dia gostam muito de bonecas. Eu acho muito incrível porque a gente tem muito acesso ao celular, então a infância se torna algo muito perdido. E com os bebês reborn, a gente pode resgatar até a infância das crianças que foi perdida com o celular”.
Artista Iasmim Serafim com bebê reborn feito por ela
Reprodução/Redes sociais
Da admiração à confecção
Após se encantar com os vídeos que viu, Iasmim quis ter o próprio bebê reborn, mas esbarrou no preço. Entretanto, de barreira ele se tornou oportunidade de aprendizado.
“Eu comecei a fazer porque sempre foi meu sonho ter um. Porém, como era muito caro, eu nunca tive como comprar um pronto”.
Uma amiga que conheceu na internet e morava no exterior mostrou a Iasmim como fazer os bebês reborn. “Fui testando. O primeiro não saiu muito bom, o segundo, também não. Fui aperfeiçoando e chegou no que é hoje”, resumiu.
As primeiras vendas vieram aos 15 anos, após elogios.
“As pessoas começaram a se interessar bastante, foi aí que eu tive a ideia de começar a vender. A princípio, eu quis fazer só por fazer mesmo, por hobby. Mas, como eu vi que as pessoas estavam se interessando e perguntando se eu poderia vender, eu comecei a vender”.
Atualmente, ela tem uma loja de saída de maternidade e aceita encomendas para fazer os bebês reborn em um ateliê que tem em casa. De vez em quando, também faz pronta-entrega.
O Dia das Crianças e o Natal são duas épocas de mais procura para ela. Além dos pequenos, os adultos também são clientes, que podem ter histórias marcantes.
“Teve uma mulher que perdeu um filho. O filho dela já era adulto quando faleceu, mas ela quis fazer uma cópia do filho dela. Também teve o caso de uma mãe que estava com câncer terminal e o sonho dela era ter um bebê reborn. E os filhos se juntaram para realizar o pedido ali da mãe”, contou.
Ela leva cerca de 30 dias para fazer um bebê reborn, dependendo da complexidade. “Quanto mais realismo a pessoa quiser no bebê, mais tempo vai demorar para ficar pronto, porque são detalhes, né? Quanto mais detalhe, mais tempo demora”.
O preço geralmente é a partir dos R$ 1,6 mil. “Depende do modelo, depende do tamanho, então isso tudo varia. Até porque, quando a gente compra as coisas, a gente compra muito de fora, então tem a conversão do dólar”.
Em relação ao preconceito que algumas pessoas podem ter com os bebês reborn, ela tem um palpite. “Eu acredito que todo mundo tem um hobby. Tem pessoas que gostam de jogar videogame, de fazer crossfit. E tem pessoas que gostam de colecionar bonecos realistas. Porém, as pessoas ficam muito espantadas, eu acredito, com o realismo e se assustam, e acabam julgando um hobby que não faz mal para ninguém”.
Bebê reborn feita pela artista Iasmin Serafim
Reprodução/Redes sociais
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