Painel do Amazônia Que Eu Quero discute alternativas para Gestão de Resíduos em Roraima


Projeto é da Fundação Rede Amazônica, braço institucional do Grupo Rede Amazônica, e reuniu especialistas no assunto. ‘Amazônia Que Eu Quero 2025’ com o painel ‘Gestão de Resíduos em Roraima’
Samantha Rufino/g1 RR
Um evento promovido pelo projeto “Amazônia Que Eu Quero”, da Fundação Rede Amazônica, reuniu painelistas de diferentes áreas para discutir soluções sobre gestão de resíduos no estado. O evento ocorreu na Universidade Federal de Roraima (UFRR), em Boa Vista.
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O evento foi transmitido ao vivo pelo g1 e além dos painelistas contou com a presença de estudantes e professores universitários. Participaram do evento:
Sandro Barbot Aroso Maia – Secretário de Meio Ambiente de Boa Vista;
Priscila Vasconcelos – Professora Adjunta da UFRR;
Zedequias de Oliveira Júnior – Promotor de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Histórico de Roraima.
O debate foi mediado pela jornalista coordenadora do Amazônia Que Eu Quero, Débora Holanda. Para ela, é essencial discutir o assunto, principalmente devido à Meta do Plano Nacional de Resíduos Sólidos que prevê, entre outras coisas, fechamento de lixões.
“Um dos focos principais em relação à gestão de resíduos, obviamente, é a questão das políticas públicas, mas especialmente a questão dos lixões e dos aterros sanitários, que é uma dor crônica da Amazônia como um todo […] é preciso falar sobre esse assunto, a questão do Aterro Sanitário aqui já passou da capacidade, já está num processo de buscar outras alternativas e a gente precisa pensar juntos nessas alternativas”, destacou.
Entenda o que são aterros sanitários e como eles podem emitir gases de efeito estufa
Como representante do município, Sandro Barbot explica que Boa Vista já vem aplicando soluções, como é o caso do ecopontos, locais de entrega voluntária de pequenas quantidades de resíduos específicos. Eles estão localizados nos bairros Cidade Satélite e Nova Cidade.
Nos ecopontos, os cidadãos podem descartar diversos tipos de resíduos, como restos da construção civil, galhadas, materiais recicláveis e resíduos volumosos, como móveis e eletrodomésticos sem utilidade, além de outros tipos de lixo seco que não estejam contaminados ou sujos por substâncias orgânicas. Cada pessoa pode depositar até 1 m³ de material por dia nesses locais.
“Um exemplo simples, a gente acabou de inaugurar dois ecopontos, que são pontos onde as pessoas, você que está em casa, pode levar o seu lixo nesse caso, para que ele possa ter um destino correto. Então são coisas que parecem simples, mas que são muito importantes”.
Zedequias de Oliveira, promotor de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Histórico avalia que Roraima teve avanços, mas que ainda é necessário melhorar políticas públicas na temática. Um dos desafios são os municípios que não possuem recursos suficientes para lidar com a gestão dos resíduos.
“É necessário realmente fazer com que os municípios invistam na melhor gestão dos resíduos sólidos. Existem responsabilidades para os gestores em situação como essa, mas é um processo que precisa o quanto antes fazer com que aconteça. Existem normas, essas normas não são recentes, mas é preciso também o apoio para fazer com que os municípios, mais carentes municípios que não têm tanto recurso assim, eles possam desenvolver a melhor política de gestão dos resíduos sólidos”, comentou.
Evento reuniu especialistas no tema
Samantha Rufino/g1 RR
Em 2025, o projeto Amazônia Que Eu Quero estreou um novo tema: Amazônia Integrada – Crescimento Sustentável e Consciência Fiscal. A ideia desta edição é debater oportunidades para a região, abordando temas essenciais como gestão de resíduos, reforma tributária e incentivos fiscais.
Roraima é o segundo estado que o AMQEQ desembarca. Os demais estados da região Norte, como Acre, Amapá, Pará e Rondôndia, também devem sediar eventos sobre o tema.
Sobre o Amazônia Que Eu Quero
Concebido em 2018, o programa Amazônia Que eu Quero é uma iniciativa da Fundação Rede Amazônica e Grupo Rede Amazônica que tem por objetivo promover a educação política por meio da interação entre os principais agentes e setores da sociedade, além do levantamento de informações junto aos gestores públicos e da participação ativa da população, por meio de câmaras temáticas estabelecidas pelo programa, como foi o caso da edição de 2023 que discutiu três eixos centrais Educação, Turismo e Conectividade no contexto Amazônico.
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