
Investigação indica que pessoas já tinham informações privilegiadas sobre a suposta manipulação para que o atleta recebesse pelo menos dois cartões amarelos em duas partidas pela Série A do Campeonato Brasileiro de 2025. MP faz operação contra jogador do Juventude suspeito de manipular resultados de apostas
MPRS/Divulgação
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) faz, na manhã desta terça-feira (20), uma operação contra um jogador do Juventude e outras pessoas suspeitas de envolvimento em um esquema de manipulação de resultados de apostas.
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A casa do atleta, que não teve a identidade divulgada pelo MP, e o armário de uso pessoal do jogador no Estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul, na Serra do RS, foram alvos de mandados de busca e apreensão. O objetivo era localizar documentos, mídias, celular, entre outros, conforme o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Ninguém foi preso.
“Com este material, o MPRS pretende identificar outros suspeitos envolvidos. A investigação continua”, divulgou a Gaeco.
O g1 tenta contato com o Juventude.
MP faz operação contra jogador do Juventude suspeito de manipular resultados de apostas
MPRS/Divulgação
Manipulação
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) acionou o MP após tomar conhecimento de “distorções em apostas que prejudicaram centenas de pessoas para favorecer algumas”.
Conforme a investigação, os favorecidos já tinham informações privilegiadas sobre a suposta manipulação para que o jogador recebesse pelo menos dois cartões amarelos em duas partidas pela Série A do Campeonato Brasileiro de 2025.
A CBF alertou o MP de que foram registradas movimentações acima do considerado normal para um cartão envolvendo um jogador e também pelo fato de que pessoas ligadas ao suspeito, tanto no mês passado quanto agora, estariam entre os apostadores.
Os valores apostados não foram divulgados.
MP faz operação contra jogador do Juventude suspeito de manipular resultados de apostas
MPRS/Divulgação
Os crimes
Os crimes investigados são os de organização criminosa e eventual estelionato associado. A pena, em caso de condenação, é de dois a seis anos de prisão, além de multa.
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