
Jander Bezerra da Silva falou em audiência que saiu do serviço e foi até onde William Aparecido Henrique Ferreira, de 25 anos, trabalhava. Crime aconteceu no dia 27 de fevereiro. Preso muda depoimento e confessa assassinato em farmácia de Londrina
Jander Bezerra da Silva, de 29 anos, confessou ter matado William Aparecido Henrique Ferreira, de 25. Ele disse que “surtou” por ciúmes porque, segundo o depoimento, encontrou mensagem da vítima no celular da companheira. O crime aconteceu no dia 27 de fevereiro, em uma farmácia de Londrina, no norte do Paraná.
Relembre o caso ainda nesta reportagem
A audiência de instrução e julgamento foi realizado nesta segunda-feira (5), de forma virtual. Jander informou que sabia sobre o relacionamento que a esposa teve com William enquanto estavam separados.
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Ao ser questionado, Jander afirmou ter encontrado mensagens de William no celular da companheira aproximadamente quatro dias antes do homicídio.
“Ele [William] destruiu meu casamento. Foi onde eu surtei. Saí do meu serviço, no horário de serviço”, Jander disse no interrogatório.
Ele optou por não falar como conseguiu a arma que utilizou.
Jander está preso preventivamente e reponde pelo crime de homicídio com as qualificadoras de motivo torpe e por impossibilitar a defesa da vítima.
A defesa do acusado disse que ele está arrependido e que busca uma pena “justa” pelos atos.
Vítima tentou correr, mas foi atingida pelos diparos.
PM-PR
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Como foi o crime e a prisão
Funcionário de farmácia é morto a tiros enquanto trabalhava no Paraná
No dia 27 de fevereiro, por volta das 11h25, Jander entrou na farmácia em que William trabalhava e pediu a ele um medicamento.
A vítima aparece indo até as prateleiras para pegar, momento em que o homem aponta o revólver na cabeça dela e tenta disparar pela primeira vez, mas a arma falha.
A gravação da câmera de segurança mostra que William escutou o barulho e se afastou. Em seguida, foi atingido por pelo menos dois disparos e morreu ainda no local.
Assim que o crime aconteceu, a Polícia Militar (PM-PR) recebeu informações sobre a identidade do suspeito e iniciou as investigações com a Polícia Civil (PC-PR).
“Como não tinha ligação com tráfico, prostituição, agiotagem, que poderia ser um caso passional ligado a uma relação afetiva que a vítima pudesse ter mantido. Isso foi um dos critérios que a gente conseguiu identificar o agente do fato”, disse o delegado Miguel Chibani, à época.
A moto usada pelo atirador foi encontrada estacionada na casa em que Jander mora com a esposa e dois filhos.
Jander foi localizado no mercado em que trabalha e recebeu voz de prisão.
As investigações mostraram que, Jander já havia enviado mensagens com ameaças a William, há mais de um ano.
No início daquela semana, a esposa tentou terminar o casamento com Jander, que não aceitou.
No dia do crime, para conseguir sair às 11h, ele havia falado ao patrão que levaria os filhos ao médico.
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