
Coordenador de projeto social viajou à Itália em busca de doações e teve a chance de acompanhar a passagem do papa em 2019. A iniciativa, segundo ele, beneficia mais de 3 mil famílias com alimentos. Renato Pereira levou cartaz de papelão para pedir benção do papa Francisco para projeto social
Arquivo pessoal
Renato Pereira viveu um momento inesquecível em 2019, ao viajar ao Vaticano para pedir a bênção do papa Francisco ao projeto social que coordena, com sede no bairro Valentina, em João Pessoa, e que alimenta cerca de 3 mil famílias. O papa Francisco morreu na manhã desta segunda-feira (21).
Renato escreveu, em um pedaço de papelão, o nome da ONG “Associação Beneficente Caminho da Esperança” e uma frase em italiano, na qual dizia combater a pobreza e a fome no Brasil. Ele não conseguiu uma reunião particular com o papa, mas foi notado por Francisco.
“Foi muito gratificante. Fui muito bem recebido pela assessoria do papa. Não tive uma reunião particular, mas estive com o papa. Eu me lembro que escrevi um cartaz com o nome da associação para que ele me visse, mas ele mandou me chamar. O pessoal já havia falado sobre a associação. Eu lembro que ele falou em italiano pra mim: ‘Bello lavoro’, e passou a mão na minha cabeça”, relembra Renato Pereira.
Segundo Renato Teixeira, o projeto começou em 1998, atendendo 13 famílias em situação de vulnerabilidade em Minas Gerais. Atualmente, mais de 3 mil famílias são beneficiadas em mais de 11 comunidades de Belo Horizonte e João Pessoa. A associação atua distribuindo alimentos, oferece cursos profissionalizantes e mantém uma orquestra sinfônica.
Renato relembra que viajou à Itália em busca de novos apoios para o projeto social, com recursos provenientes de doações. Durante a viagem, foi notado pela equipe do papa, que permitiu sua aproximação durante a passagem de Francisco. Após o encontro, ele relembra que voltou “cheio de energia” para continuar o trabalho à frente da associação.
O coordenador do Caminho da Esperança também explica que se identifica com Francisco, por sua defesa das comunidades vulneráveis, e que também se inspirou em seu exemplo. Ele destaca que o mundo “perdeu um grande ser humano”.
“É gratificante saber que ele defendia o que a Bíblia nos ensina: defender a causa do órfão, da viúva, do pobre, do mais carente. Essa é a mensagem que o papa trouxe para o mundo, e espero que todos nós tenhamos recebido essa mensagem”, destacou Renato Teixeira.
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