Na linha de frente da saúde, Medicina de Família e Comunidade fortalece o cuidado integral


O médico de família e comunidade pode resolver grande parte das demandas, promovendo prevenção e diagnóstico precoce. Entenda como essa especialidade fortalece a atenção primária A Medicina de Família e Comunidade (MFC), também conhecida como Medicina Familiar ou Medicina Geral e Comunitária, é uma especialidade médica cada vez mais reconhecida por seu papel central na promoção de uma atenção à saúde mais próxima, contínua e resolutiva.
Voltada para o cuidado integral de pessoas de todas as idades, gêneros e condições de saúde, essa prática se destaca por olhar além dos sintomas, considerando também os fatores psicológicos, sociais e familiares que influenciam diretamente o bem-estar dos pacientes.
O médico de família atua na linha de frente da Atenção Primária à Saúde, o que o coloca em posição privilegiada para trabalhar com prevenção, diagnóstico precoce e tratamento das condições mais comuns.
A origem da MFC remonta às reformas curriculares das faculdades de medicina latino-americanas nos anos 1970, como reação à crescente desumanização no atendimento médico. Modelos internacionais, como o dos “médicos de pés descalços” na China e em Cuba, e o sistema de saúde comunitária do pós-guerra na Inglaterra, serviram de inspiração para o desenvolvimento dessa abordagem mais ampla e universal.
O atendimento do médico de família pode ir além das paredes do consultório. Visitas domiciliares fazem parte da rotina, principalmente em situações que envolvem pacientes acamados ou com dificuldade de locomoção. Segundo estimativas da literatura médica, esses profissionais são capazes de resolver entre 80% e 90% das demandas de saúde da população atendida.
Um cuidado que começa pelo vínculo
A principal característica da medicina de família e comunidade é sua abrangência. O médico de família pode cuidar de todos os membros da família, de todas as idades e em todas as fases da vida, realizando desde consultas de rotina até o acompanhamento de doenças crônicas.
Diferentemente de outras especialidades, o foco da MFC não é apenas tratar uma doença específica, e sim entender o paciente em seu contexto físico, emocional, familiar e social. É essa visão integral que fortalece o vínculo e possibilita um cuidado de fato resolutivo.
Partindo desses pressupostos, a Tempo Med, vem propondo uma abordagem que incentiva a medicina de família.
“Nosso modelo se baseia na gestão do beneficiário dentro do sistema de saúde, onde o médico de família é o ponto de partida. Ele resolve cerca de 85% das demandas e só encaminha para o especialista quando é realmente necessário”, explica Paulo Poli, médico de família e diretor executivo da Tempo Med.
Esse índice de resolutividade é bastante expressivo. E estudos internacionais mostram que sistemas de saúde com forte base em atenção primária — como Canadá, Reino Unido e Portugal — são mais eficientes e produzem melhores desfechos clínicos.
O Brasil ainda caminha para fortalecer esse modelo no setor suplementar, e operadoras como a Tempo Med estão mostrando que isso é possível, com organização, tecnologia e visão de longo prazo.
Ações preventivas e promoção da saúde
A medicina de família trata, primeiramente, de prevenção. Isso significa investir em rastreamentos, vacinação, orientação nutricional, estímulo à prática de atividades físicas e acompanhamento regular de fatores de risco, como pressão alta, colesterol e glicemia.
Esse cuidado preventivo reduz significativamente o surgimento de doenças graves e complicações que poderiam ser evitadas com intervenções simples.
Na Tempo Med, essa lógica é aplicada de forma prática. “Os beneficiários têm acesso facilitado às consultas com seus médicos de família, muitas vezes no mesmo dia, com agendamento pelo celular. E quando existe vínculo com esse profissional, ele conhece o histórico do paciente, sabe suas queixas recorrentes, suas comorbidades e fatores de risco. Isso torna o cuidado muito mais eficaz”, ressalta Paulo Poli.
Além disso, há estímulo à formação de vínculo com o médico de referência por meio da isenção de coparticipação, um diferencial importante que incentiva os pacientes a buscarem acompanhamento contínuo, em vez de recorrerem a atendimentos pontuais e desarticulados.
Diagnóstico e tratamento no tempo certo
A familiaridade do médico com a história do paciente acelera diagnósticos e reduz as chances de erros, sendo especialmente importante em casos crônicos como diabetes, hipertensão e doenças respiratórias, que exigem monitoramento constante. Mas também é útil em situações agudas, como infecções, dores ou lesões, já que o médico de família pode identificar rapidamente mudanças no padrão de saúde.
Quando for preciso acionar um especialista, o médico de família faz essa mediação. “Temos um sistema de informação integrado nas nossas próprias unidades. Isso significa que o especialista, ao receber um paciente encaminhado, já sabe todo o seu histórico — exames, medicações, consultas anteriores. Isso evita retrabalho, desperdício e principalmente melhorar o cuidado”, explica o diretor executivo da Tempo Med.
Coordenação e continuidade são diferenciais desse modelo
Como um dos objetivos da MFC é acompanhar o paciente ao longo do tempo, a continuidade se torna uma importante vantagem desse modelo. Afinal, quanto mais o médico conhece o paciente, melhor ele pode atuar na prevenção e no tratamento.
Na Tempo Med, essa lógica é reforçada pela estrutura assistencial montada na Grande Florianópolis. Em dois anos de atuação, a operadora já cuida de mais de 25 mil beneficiários na região, contando com uma rede própria de unidades e integração com uma rede credenciada. Todo esse ecossistema gira em torno do paciente, com o médico de família como protagonista.
“Estamos transformando a cultura do cuidado com a saúde em Santa Catarina. A população está se acostumando com a ideia de ter um médico de referência para as situações mais comuns. E esse profissional está preparado para cuidar de todos — homens, mulheres, adolescentes, idosos. É uma mudança que exige tempo, mas que já mostra resultados”, avalia Paulo Poli.
Cuidados específicos para diferentes fases e públicos
Outra vantagem do médico de família é sua versatilidade. Ele é treinado para lidar com as necessidades específicas de cada fase da vida e de diferentes grupos populacionais, podendo oferecer atenção adequada à saúde da mulher — incluindo saúde sexual, planejamento familiar, climatério e rastreamento de câncer — assim como orientar adolescentes em temas como sexualidade, saúde mental e prevenção de dependência química. No caso dos idosos, atua na prevenção de quedas, acompanhamento de doenças neurodegenerativas e promoção da autonomia.
Além disso, os homens, muitas vezes reticentes em procurar ajuda médica, encontram na figura do médico de família um profissional com quem podem estabelecer uma relação de confiança, facilitando a adesão ao cuidado contínuo.
A aposta na tecnologia a favor do cuidado
Para tornar esse modelo viável e escalável, a Tempo Med investe em tecnologia. Com um sistema de informação robusto, integrado às unidades próprias, a operadora consegue garantir que o histórico do paciente esteja sempre acessível e atualizado — não importa se ele foi atendido em uma consulta, na urgência ou por um especialista.
Esse sistema evita duplicidade de exames, garante melhor uso dos recursos e, acima de tudo, dá ao médico informações completas para uma tomada de decisão mais segura e embasada.
“Quando o médico de família acessa o prontuário e vê os exames, as medicações e os atendimentos anteriores, ele consegue agir com precisão. É isso que faz o cuidado ser resolutivo”, destaca Poli.
Uma mudança que começa pela atenção primária
No Brasil, a medicina de família e comunidade ainda representa uma pequena parcela dos profissionais especializados — cerca de 1,7% do total de médicos, segundo a Demografia Médica de 2020. Mas a tendência é de crescimento, especialmente quando operadoras de saúde passarem a ver a atenção primária como uma estratégia de gestão, e não apenas como um serviço a mais.
A Tempo Med é um exemplo claro dessa mudança de paradigma. Ao colocar o médico de família no centro da rede e construir uma estrutura que valoriza a continuidade, a prevenção e a coordenação de cuidados, a operadora mostra que é possível oferecer saúde com qualidade, eficiência e humanização.
Para os pacientes, os ganhos são concretos: mais acesso, mais vínculo, menos burocracia, menos exames desnecessários e mais cuidado de verdade.
Dr. Paulo Poli Neto
CRM 18896 PR RQE 20675
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