
Eunice Fernandes de Oliveira foi encontrada morta e sem mãos. Polícia também identificou e prendeu outros quatro suspeitos do crime contra ela e outra vítima. g1 tenta identificar defesas deles. Eunice tinha 33 anos e desapareceu no dia 6 de janeiro
PC-PR
Uma mulher de 34 anos foi presa na tarde desta terça-feira (8) suspeita de integrar uma quadrilha que matou uma mulher e transmitiu o crime em “lives” enviadas a traficantes da região de Sengés, nos Campos Gerais do Paraná.
A vítima foi Eunice Fernandes de Oliveira, de 33 anos. O corpo dela foi encontrado com sinais de tortura, sem as mãos. Segundo a polícia, semanas antes, outra mulher também foi agredida e torturada pelo grupo, mas conseguiu sobreviver após os criminosos a abandonarem por acharem que ela morreu. Ambas foram “julgadas” em “tribunais do crime”. Relembre detalhes mais abaixo.
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A suspeita foi encontrada em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, e presa preventivamente pelos crimes de tortura, tentativa e homicídio qualificado, ocultação de cadáver e organização criminosa.
O nome dela detida não foi revelado.
De acordo com as investigações, a mulher é a quinta integrante da quadrilha a ser identificada.
Os outros quatro foram presos em março pelos mesmos crimes. De acordo com a polícia, todos possuem histórico criminal e condenações anteriores por tráfico e associação para o tráfico de drogas. Os nomes deles também não foram revelados.
O g1 tenta identificar as defesas dos suspeitos.
Quatro pessoas foram presas, sendo uma delas adolescente.
PC-PR
Tribunal do crime
As investigações apontam que as duas vítimas foram alvo da quadrilha após serem acusadas de furtar traficantes de drogas.
“Elas foram ‘julgadas em tribunais do crime’, por terem, segundo os algozes, furtado drogas e dinheiro de um ponto de venda de entorpecentes – fato que não foi comprovado”, explica o delegado Isaías Fernandes Machado, responsável pelo caso.
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Corpo de Eunice foi encontrado um mês após desaparecimento da mulher
As investigações da polícia mostraram que Eunice Fernandes de Oliveira, de 33 anos, foi levada até um local próximo à área urbana de Sengés por volta das 23h do dia 6 de janeiro.
Os suspeitos a acusaram de furto. Enquanto a agrediram, transmitiram as torturas em “live” enviada a traficantes da região.
No dia 6 de fevereiro, um morador da região viu partes do cadáver e fez a denúncia. O corpo dela foi encontrado em uma cova rasa, com as mãos arrancadas e queimado. O reconhecimento foi feito por meio das peças de roupa e confronto genético.
Sobrevivente conseguiu pedir ajuda e denunciar
Pouco tempo antes da morte de Eunice, no dia 30 de dezembro outra mulher, de 38 anos, foi acusada de traição e levada ao mesmo lugar.
Segundo a polícia, as agressões também foram transmitidas.
Entretanto, os suspeitos acharam que ela estava morta e a deixaram no local para depois ser enterrada. Com isso, a vítima conseguiu se arrastar até conseguir pedir ajuda.
Ela passou 15 dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em um hospital de Ponta Grossa, com múltiplas fraturas e complicações no estado de saúde.
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