Campo experimental testa cultivos de berinjela, cebola, cenoura e até beterraba na zona Rural Boa Vista


Ideia é testar tipos de frutas, legumes e verduras que podem ser cultivados no clima de Boa Vista. Assunto foi destaque no Amazônia Agro deste domingo (6). Cultivo de cenoura é novidade e está sendo testado em Boa Vista
Andro Barros/Rede Amazônica
Um campo experimental localizado no Centro de Difusão Tecnológica (CDT), na região do Bom Intento, em Boa Vista, tem como objetivo avaliar o desempenho de diferentes culturas agrícolas nas condições climáticas e de solo da capital. O espaço tem canteiros com diversas variedades de frutas, legumes e verduras. O assunto foi destaque no Amazônia Agro deste domingo (6).
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Entre os plantio há berinjela, cebola, melão, melancia, cenoura e até beterraba. A iniciativa busca promover a aproximação entre agricultores e o setor privado, além de avaliar a adaptação e o potencial produtivo das espécies cultivadas.
Atualmente, 15 variedades são estudadas no campo experimental. Os canteiros oferecem opções de plantio direto no solo e híbridos, possibilitando observar o desempenho produtivo e econômico de cada uma.
“Às vezes, um material que se destaca em uma região do Brasil não se adapta bem à nossa condição climática”, explicou o engenheiro agrônomo Fábio Guths, sobre o motivo do plantio ser feito primeiro num campo experimental antes de ser cultivado em larga escala.
Cebola cultivada de maneira experimental na zona Rural de Boa Vista
Raquel Maia/Rede Amazônica
O engenheiro agrônomo Luiz Antonello chegou a Roraima em 2007 com o objetivo de plantar soja. No entanto, passou a investir em sementes de hortaliças ao notar a demanda e o baixo fornecimento de algumas verduras e legumes no mercado local.
“Aqui no estado, você encontra tomate, cenoura e outras culturas vindas de fora. Sendo que temos potencial de produção local, o produto vai direto do campo para a mesa do consumidor, com qualidade preservada”, afirmou.
Outro projeto em destaque é o cultivo de alface com técnica hidropônica, em que as plantas crescem dentro da água. O ciclo do plantio até a colheita dura entre 28 e 30 dias.
“A hidroponia vem crescendo na cidade por ter menor impacto ambiental e por se encaixar na produção orgânica”, disse o engenheiro agrônomo Victor Bósio.
A pesquisa desenvolvida no CDT também contempla plantas ainda pouco exploradas em Roraima. Além disso, o espaço oferece acesso a tecnologias e equipamentos voltados à agricultura familiar.
“É muito importante fazer esse trabalho de pesquisa para que o agricultor não precise testar sozinho na propriedade. Isso dá mais opções para novos produtores entrarem no mercado com outras culturas”, frisou.
O CDT é mantido pela prefeitura de Boa Vista e tem como principal objetivo beneficiar produtores rurais que vivem da agricultura familiar.
Plantio de beterraba ainda é novidade em Boa Vista
Raquel Maia/Rede Amazônica
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