Pastor se torna réu na Justiça por matar jovem atropelada e fugir sem prestar socorro no Paraná, segundo MP


Adonias Silmann vai responder por crimes como homicídio, omissão de socorro e fraude processual. Em depoimento, pastor disse que não viu o acidente. Defesa dele diz que confia ‘na apuração dos fatos com imparcialidade e responsabilidade’. Pastor vira réu em ação criminal por morte de motociclista
Adonias Silmann, homem de 58 anos que é pastor de uma igreja evangélica, se tornou réu na Justiça por matar uma jovem atropelada e fugir sem prestar socorro, segundo as investigações da Polícia Civil e a denúncia do Ministério Público (MP).
Ele vai responder por homicídio qualificado, pela falta de chance de defesa da vítima, por omissão de socorro, fraude processual e por ter feito reparos na caminhonete, o que segundo o MP poderia dificultar a identificação do veículo pelos policiais.
O caso aconteceu na noite de 13 de dezembro de 2024 na PR-170 em Rolândia, no norte do Paraná, e vitimou Paola da Silva Barbosa, de 22 anos. Câmeras de segurança registraram o acidente. Veja na reportagem acima.
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As imagens mostram que o motorista da caminhonete – posteriormente identificado como o pastor – fez um retorno em local proibido, num trecho de faixa contínua da rodovia, e bateu contra a moto pilotada por Paola, que vinha no sentido contrário. A moto foi arrastada por vários metros, a jovem morreu, e o motorista da caminhonete não ficou no local da batida.
Policiais passaram a rastrear imagens de câmeras de segurança para identificar e localizar a caminhonete. Ela foi vista passando por ruas e avenidas de Arapongas e Umuarama, cidades do norte e noroeste do Paraná, e só no começo de fevereiro, quase dois meses após a batida, é que o veículo foi localizado em Iporã, noroeste do estado, distante 179 quilômetros de Rolândia.
Segundo a Polícia Civil, a caminhonete foi apreendida e passou por perícia, que apontou que ela passou por conserto. Quando ela foi encontrada, já estava com outro dono – e a equipe de investigação, então, descobriu que Adonias a tinha vendido.
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Em depoimento, ele alegou que foi embora do local sem prestar socorro à vítima porque não percebeu que o acidente havia acontecido.
“Só escutei um barulho, olhei pro retrovisor, pro ponto cego, não vi nada e fui embora. […] Não vi moto, não vi nada”, argumentou.
Em nota, a defesa do pastor afirma que ele tem colaborado com as autoridades, “fornecendo todas as informações necessárias para esclarecer os fatos”, e destaca que confia no “devido processo legal e na apuração dos fatos com imparcialidade e responsabilidade”.
Adonias Silmann responde à ação criminal em liberdade.
Pastor Adonias Silmann virou réu por homicídio pela morte de Paola da Silva Barbosa, de 22 anos
Reprodução
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