Bebê de um ano tem morte encefálica um dia após aniversário e família opta por doação de órgãos no Paraná: ‘parte dela vai estar viva’, diz mãe


A pequena Melanny Kyrás Silva do Nascimento, morreu em decorrência de pneumonia grave, acompanhado de parada cardíaca. Coração da bebê foi doada a criança na fila de espera em Brasília. Bebê de um ano tem morte encefálica um dia após aniversário e família opta por doação de órgãos no Paraná
Reprodução RPC
A pequena Melanny Kyrás Silva do Nascimento, teve morte encefálica e a família de Toledo, no oeste do Paraná, optou pela doação de órgãos na menina. A captação ocorreu no domingo (16) no Hospital Universitário (HU) de Cascavel, na mesma região do estado.
A bebê morreu após seis dias de internamento no HU, depois de dar entrada no local com quadro de pneumonia grave, acompanhado de paradas cardíacas.
Segundo a coordenadora do Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes do HU, Gelena Castillo, foi possível doar o coração da menina para uma criança que estava na fila de espera pelo órgão em Brasília.
✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp
✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram
Em entrevista à RPC, os pais da bebê, David do Nascimento e Ariane da Silva do Nascimento, contaram sobre a decisão da doação, mesmo em meio a dor de perder a menina, tão inesperadamente.
“Perdemos uma filha, mas nos compadecemos em dar segunda chance para um bebê trazer alegria para outra família, para ter uma segunda chance de viver, essa criança brincar, correr”, falou o pai.
“Uma parte dela vai estar viva ali, nós vamos poder sentir o coraçãozinho dela batendo, mesmo que não seja ela fisicamente, mas o coração dela está ali, uma parte nossa está batendo em outra criança”, afirmou a mãe de Melanny
Leia também:
Pai levando filho ao trabalho: Pai e filho morrem após motocicleta que estavam ser atingida por carro no PR
Mulher mantida em cárcere privado pelo marido: O que se sabe sobre o caso
Reabilitação: Homem que caiu de tobogã em parque aquático no Paraná teve fraturas em quatro lugares e faz tratamento para recuperar movimentos
Após a captação, o coração de Melanny foi levado por uma aeronave ao Distrito Federal, onde vive um menino de idade não informada que recebeu o órgão em cirurgia que foi um sucesso, de acordo com os profissionais da saúde.
Receber a notícia de que o procedimento deu certo tem sido o acalento necessário para os pais da menina que enfrentam a dor do luto.
“Foi um alívio saber que o menino recebeu o coração, que a cirurgia foi um sucesso, e que ela está tentando se recuperar e quem sabe futuramente conhecer ele e ouvir novamente o coração dela (Melany)”, disse a mãe da bebê.
Ato de compaixão
A doação, autorizada pelos pais da bebê em um momento de tanta dor, emocionou as equipes do hospital. Para Gelena que coordena o setor de doações, a atitude deles foi um “ato de compaixão”.
“A família nesse ato de compaixão e de amor, que não consigo imaginar um ato de maior grandiosidade, que é salvar a vida de alguém que você não conhece optou por salvar a vida dessa criança que tem uma chance de um recomeço, de continuar vivendo”, afirmou Gelena.
“Para nós, é uma mistura de tristeza, pela Melany, que queríamos ter salvo, que ela continuasse com os pais, mas que não foi possível, só que o desfecho, não foi terrível porque revertemos esse sofrimento e dor em uma nova esperança para essa criança (que recebeu o coração) e família”, complementou a coordenadora.
Gelena reforçou que para a doação de órgãos, basta informar a família sobre o desejo. No caso de crianças, fica a cargo da família a decisão.
Adicionar aos favoritos o Link permanente.