Aposentada supera vício em cigarro depois de começar a correr e coleciona mais de 200 medalhas: ‘Sou uma vencedora’


Maria Idelfranca tem 67 anos e perdeu as contas do número de corridas que participou na última década. Maria Idalfranca é aposentada, tem 67 anos e começou a correr aos 56 anos
Arquivo pessoal
“Eu me digo: eu sou uma vencedora”. Este é o mantra que a aposentada Maria Idelfranca, de 67 anos, repete sempre que está prestes a enfrentar uma corrida. Ex-fumante, ela superou o vício em cigarro depois que começou a participar de corridas de rua. Atualmente, celebra as mais de 200 medalhas de circuitos em que esteve na última década.
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Maria Idelfranca, que era cuidadora de alunos na rede pública estadual antes de se aposentar, fumou durante 40 anos. No entanto, há 10 anos ela parou e substituiu isqueiros e cigarros por tênis de corrida e um boné.
🏃‍♀️ A trajetória da aposentada em corridas começou quando ela tinha 56 anos. De lá para cá, Maria participou de percursos de 10 km a 20 km, e correu quatro edições da tradicional corrida internacional São Silvestre, em São Paulo, uma das mais conhecidas no país. Ela perdeu as contas de quantas participou, mas estima que foram mais de 200.
“Graças a Deus não tomo remédio controlado para nada. E, hoje, me sinto muito bem em estar nessas corridas de rua”, resume.
🧠 Correr auxilia na superação do vício de nicotina porque durante o exercício o corpo libera endorfinas que podem combater a ansiedade e o mau humor associados à abstinência, e “também pode ser uma distração eficaz contra os desejos de fumar”, conforme a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).
Os cuidados com a saúde mental na terceira idade
Mãe de três filhos e avó de sete netos, Maria deixa até os mais novos para trás. Em entrevista à Rede Amazônica, ela lembrou de uma vez que levou um dos netos de 22 anos para uma corrida e o jovem quase não acompanhou o pique.
“Ele achava que ia ganhar de mim, mas não ganhou e ficou para trás”, lembrou, acrescentando que no percurso o neto se surpreendeu com a disposição de Maria e dizia “vó, não aguento”.
Dona Maria tem mais de 200 medalhas, incluindo três da São Silvestre, a maior da cidade de São Paulo
Nalu Cardoso/Rede Amazônica
Outro benefício que aposentada percebe é na saúde mental. Para ela, ocupar a mente a ajuda a viver de maneira mais leve diante dos desafios do dia a dia. “Nessa idade a gente tem que procurar um meio de viver mais”, disse.
“Me sinto uma vencedora, pela idade que tenho, em todas as corridas faço um bom tempo”, disse.
Ela não tem uma corrida que considera a mais importante entre as que participou, porque todas têm um significado diferente na história. Por isso guarda todas as medalhas e troféus numa espécie de altar montado na parede de um dos cômodos de casa.
Das quatro edições da São Silvestre, ela tem três medalhas: dos anos de 2017, 2018 e 2022. Ela também estava presente na edição de 2023 porém não ganhou medalha porque entrou de “penetra” na corrida. Isso porque, por engano do neto, ele errou na inscrição e Maria não apareceu na lista oficial de participantes. No entanto, a equipe da corrida permitiu que ela corresse.
Para 2025, ela planeja seguir o ritmo e participar de todas as corridas que puder. A última foi no domingo (26), na “Runners Team”, no Lago do Robertinho, zona Rural de Boa Vista.
“Vou brincar, vou me divertir e vou mostrar que sou uma vencedora” , disse.
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