Suspeito de envolvimento no desaparecimento de adolescente grávida no Paraná vira réu na Justiça por tortura em outro caso


MP denunciou que o vigilante Marcos Vagner de Souza constrangeu um jovem com uma arma para que ele assumisse autoria de dois furtos. g1 aguarda retorno da defesa dele. Preso por desaparecimento de adolescente em Tibagi vira réu por tortura contra jovem
Marcos Vagner de Souza, vigilante suspeito de envolvimento no desaparecimento da adolescente Isis Victoria Mizerski, virou réu na Justiça pelo crime de tortura, relacionado a outro caso.
A informação foi divulgada nesta segunda-feira (5) pelo Ministério Público (MP), responsável pela denúncia.
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Segundo o órgão, o crime aconteceu mais de uma vez contra uma mesma vítima em Tibagi, nos Campos Gerais do Paraná.
Marcos Vagner de Souza, em depoimento à polícia
Reprodução
“A vítima foi um rapaz, torturado em duas ocasiões, em novembro de 2022 e abril de 2023. Conforme a denúncia, nas duas situações o réu constrangeu o jovem com uma arma para que ele assumisse dois furtos ocorridos na cidade”, aponta o MP.
Além de tortura, o vigilante também foi denunciado por porte indevido de arma de fogo.
“Como relata a Promotoria nos autos, [ele cometeu os crimes] ‘mediante grave ameaça, encostando a arma de fogo de marca Taurus calibre 380 na cabeça da vítima, causando-lhe sofrimento mental com o fim de obter confissão'”, detalha o MP, que afirma que a denúncia não tem a ver com a investigação sobre o desaparecimento da adolescente.
O g1 aguarda retorno da defesa do homem.
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Vigilante está preso
Marcos está preso preventivamente desde o dia 17 de junho, no âmbito do caso Isis.
As investigações apontam que ela sumiu no dia 6 de junho após sair para se encontrar com o homem, que é apontado como pai do filho dela.
Dois dias antes ele foi a uma farmácia onde, segundo uma testemunha, pediu um remédio abortivo. No dia do desaparecimento da jovem o homem foi filmado na região onde Isis enviou a própria localização à mãe antes de sumir e, de acordo com a polícia, imagens de câmeras de segurança apontam “imprecisões” em trechos do depoimento dele.
Segundo a Polícia Civil, ele deve responder por homicídio e ocultação de cadáver.
A defesa dele nega as acusações e alega não haver indícios de que ele praticou qualquer crime.
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Isis Victoria Mizerski
Arquivo da família
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