Investigação de serviços funerários motiva operação em SC com sete mandados de prisão e 38 de busca


Ação coordenada pelo MPSC apura crimes contra administração pública, como em licitações e lavagem de dinheiro. Diligências aconteceram na prefeitura de Criciúma e na casa do prefeito. Operação Caronte – mandado sendo cumprido em Santa Catarina
MPSC/Divulgação
Sete mandados de prisão preventiva e 38 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta segunda-feira (5) por meio da operação Caronte, deflagrada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) e do Grupo Especial Anticorrupção (GEAC).
O objetivo da operação é combater a atuação de possível organização criminosa que teria praticado crimes contra administração pública, licitatórios, lavagem de dinheiro, entre outros.
“O procedimento investigatório criminal foi instaurado inicialmente pela Promotoria de Justiça visando apurar delitos envolvendo a prestação de serviços funerários (…)”, detalhou o MPSC, em nota.
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Operação Carontes: 7 são presos preventivamente em operação do MPSC contra suposta organiz
As diligências aconteceram na sede da prefeitura de Criciúma e na casa do prefeito Clésio Salvaro (confira mais abaixo o que dizem os citados).
Os sete presos preventivamente foram encaminhados para audiências de custódia. Dois dos investigados são funcionários públicos, e também foram afastados de suas funções por ordem judicial. Os nomes não foram informados pelo MPSC.
Houve cumprimento de mandados também em outras cidades: Florianópolis, Içara, Itapema, Jaraguá do Sul, Palhoça, São José, além de Itati, no Rio Grande do Sul.
A investigação começou em 2022 para apurar delitos envolvendo a prestação de serviços funerários na cidade. A operação desta segunda é a segunda etapa dessa investigação.
Operação Caronte – mandado sendo cumprido em Santa Catarina
MPSC/Divulgação
O que dizem os alvos dos mandados?
Por meio de nota, a prefeitura de Criciúma confirmou que recebeu os agentes do Gaeco no paço municipal e que está colaborando com as solicitações feitas pelos investigadores.
O advogado do prefeito informou não ter conhecimento total sobre a investigação porque corre em segredo de Justiça.
Em um vídeo nas redes sociais, o prefeito Clesio Salvaro disse que está disposto a colaborar com a investigação, e que entregou mais documentos do que os agentes haviam solicitado.
“Importante falar sobre esta operação hoje do Ministério Público do Estado de Santa Catarina que veio em busca de alguns documentos através de uma diligência. Não há problema nenhum, nós estamos muito dispostos a colaborar, inclusive o que eles levaram, porque estavam já pré-requisitados e outros que nós colocamos à disposição. E não bastasse isto, eu estou determinando uma sindicância interna para apurar também esses fatos que agora a gente tem conhecimento para colaborar com essa operação do Ministério Público. Porque o nosso propósito aqui é manter sempre esta prefeitura, este governo, como um dos mais transparentes de todo o território nacional”, declarou.
O que são o Gaeco e Geac
O Gaeco é uma força-tarefa composta em Santa Catarina, pelo MPSC, Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Penal, Receita Estadual e Corpo de Bombeiros Militar, e tem como finalidade a identificação, prevenção e repressão às organizações criminosas.
O GEAC é um grupo de membros do MPSC que atua em investigações e ações judiciais de combate à corrupção, cujos fatos revelem maior gravidade ou complexidade.
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