Governo federal prorroga prazo para prefeituras cadastrarem novas famílias do RS no Auxílio Reconstrução


Extensão para cadastro segue até 26 de julho. De 444 municípios aptos a incluir população em benefícios, 142 não registraram nenhuma família ou nenhum endereço no sistema. Página de acesso ao Auxílio Reconstrução, destinado a pessoas afetadas pelas cheias no RS
g1
O governo federal prorrogou, neste sábado (13), o prazo para que prefeituras do Rio Grande do Sul cadastrem novas famílias no Auxílio Reconstrução. A nova data limite para o registro é 26 de julho.
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A medida foi tomada após 144 das 444 cidades aptas a cadastrar a população no programa não incluíram nenhuma família ou nenhum logradouro no sistema federal.
O Auxílio Reconstrução é um apoio financeiro no valor de R$ 5,1 mil, pago em uma única parcela, a famílias que abandonaram a própria residência, de forma temporária ou definitiva, nos municípios em situação de calamidade ou emergência.
Para que o benefício seja garantido, as prefeituras devem incluir os dados das famílias aptas na página do Auxílio Reconstrução, no portal Gov. Após análise do governo, o responsável familiar deve confirmar as informações no mesmo endereço. A partir disso, a Caixa Econômica Federal realiza o depósito.
O governo diz que, após 26 de julho, as famílias cadastradas pelas prefeituras vão seguir com os pedidos analisados.
Com a ação, o governo federal espera atender 375 mil famílias atingidas pela enchente no estado, que deixou 182 mortos, 29 desaparecidos e 806 feridos. O valor destinado ao programa é de R$ 1,9 bilhão.
1,2 mil pedidos em nomes de mortos
Exclusivo: JN tem acesso ao relatório do Governo Federal sobre pedidos de auxílio reconstrução depois das enchentes no RS
Dos 629,6 mil pedidos para receber o Auxílio Reconstrução, 1.262 foram feitos no nome de pessoas que constam como mortas nas bases de dados do governo federal.
No entanto, nem todos os cidadãos que constam com indício de óbito estão, de fato, mortos. Um morador de São Leopoldo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, não consegue há dois meses acesso ao benefício porque foi dado como morto, mesmo vivo.
Sistema do governo federal aponta que benefício não foi liberado porque homem foi dado como morto
Arquivo pessoal
“Eu tentei por três vezes no total. Em cada tentativa, tinha que esperar dias até que viesse o resultado. E o resultado era sempre o mesmo: de que eu estava morto”, afirmou Geremias Izaias Porto Costa.
Além disso, fraudadores tentam tirar vantagem do benefício. Entre os cadastrados no programa, um homem que estava preso à época da inundação e a dona de uma salão de beleza fechado seis meses antes da tragédia. Na tentativa de conter as fraudes, o governo federal anunciou uma “malha fina” para identificar irregularidades
A RBS TV teve acesso a um relatório, indicando que metade dos candidatos a receber o benefício federal caiu numa espécie de “malha fina”. Dos 629.611 inscritos, apenas 274.250 pedidos foram enviados para pagamento – a lista pública deve ser divulgada na próxima semana.
Os motivos são os mais variados, e diversos inscritos apresentaram mais de uma inconsistência. Por exemplo, 150,6 mil cadastros estão fora da área alagada e 152,7 mil não tiveram endereço confirmado.
Ex-detento que pediu o Auxílio Reconstrução no RS
Reprodução/RBS TV
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