Operação Lei Seca registra aumento de 10% em autuações a motoristas sob efeito de álcool no 1º semestre de 2024 no RN


Até junho, 1.450 pessoas foram autuadas por dirigirem sob efeito do álcool no estado em 167 blitzen. Teste do bafômetro tem resultado de cerca de três vezes o limite já considerado crime
CPRE/Divulgação
A Operação Lei Seca registrou um aumento de cerca de 10% no número de motoristas autuados ao serem flagrados dirigindo sob o efeito de álcool no primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2023 no Rio Grande do Norte.
Os dados são do Comando de Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE) e foram divulgados nesta quinta-feira (1º). Segundo o CPRE, até junho deste ano, 1.450 pessoas foram autuadas por dirigirem sob efeito do álcool no estado. No total, 167 blitzen foram realizadas neste período.
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O major César Fagundes, coordenador da Operação Lei Seca no Rio Grande do Norte, disse que a operação tem notado uma diminuição no número de condutores jovens que misturam álcool e direção.
“Nós percebemos uma diminuição drástica nos condutores mais jovens sendo responsabilizados pela mistura do álcool e direção. Nós podemos atribuir isso já a uma mudança comportamental, cultural”, disse.
“Em detrimento a esse processo, nós temos o aumento no número de idosos que tem sido responsabilizados. A gente já percebe nessas pessoas uma resistência em se atrelar à lei nesse sentido”, completou.
Além das autuações, a Operação Lei Seca prendeu 219 condutores em flagrante por dirigirem embriagados. A prisão é efetuada quando os motoristas estão com concentração alcoólica acima de 0.34mg/l.
A pena é de detenção de seis meses a três anos, sendo passível de fiança, além de multa e suspensão ou proibição de se obter habilitação para dirigir. Em 2023, a Operação Lei Seca prendeu 477 condutores e, em 2022, foram 253.
“As pessoas podem ser enquadradas na esfera administrativa, quando se recusam a realizar o teste, e não possuem qualquer sinal que denote alteração da capacidade psicomotora, ou então ela pode ser presa em flagrante quando realiza um teste de alcoolemia e aponta um valor superior a 0,33 miligramas [de concentração alcóolica]”, explicou major César Fagundes.
O coordenador da Operação Lei Seca disse ainda que, mesmo que se recuse a realizar os testes, se o condutor possuir sinais que denotem alteração psicomotora, “como agressividade, ironia, dentre outros”, pode ser detido.
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Especialista vê multa como aliada para redução
Para o professor da UFRN e especialista em trânsito Rubens Ramos, ainda são necessárias mais ações de fiscalização para que os motoristas evitem misturar álcool e direção.
“Acho que mereceria, sistematicamente, de modo aleatório, muito mais ações em pontos diferentes. Para tentar uma ação preventiva de reduzir o uso do álcool e direção. Porque, de fato, as estatísticas estão aí”, afirmou.
Para o especialista, a aplicação da multa é um aliada para redução dos números. Tanto para quem recusa soprar o bafômetro como para quem é flagrado sob efeito de álcool na direção, a multa é de R$ 2.934,70.
“No bolso, a pessoa sente, o adulto sente. Eu diria que talvez o caminho seria uma ação mais enérgica realmente de multar. O cinto de segurança foi assim. Só entrou em vigor porque foi multado”.
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