Especialistas da Unesco chegam ao RS para auxiliar no restauro de obras de arte atingidas pela enchente


Objetivo do trabalho é mapear estragos e orientar em processos de recuperação. Em 9 dias, missão deve passar por municípios gaúchos com instituições atingidas pela enchente. Missão internacional para salvar obras de arte
Um grupo de especialistas da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) chegou ao Rio Grande do Sul, na quarta-feira (10), para auxiliar nos trabalhos de reconstrução de obras de arte e patrimônios históricos atingidos pela enchente.
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Durante nove dias, o grupo deve passar por diversas instituições culturais da Secretaria Estadual de Cultura (Sedac) afetadas. O trabalho vai começar por Porto Alegre, Igrejinha, Muçum, São Leopoldo e Pelotas.
Os especialistas têm experiência na recuperação de documentos e obras importantes para a memória da humanidade após desastres, como o que aconteceu no estado no mês de maio, vitimando 182 pessoas.
“Eles vão percorrer, durante nove dias, vários municípios gaúchos, visitando essas instituições que foram as mais afetadas. Eles vão avaliar os estragos e dar orientação sobre como salvar”, afirma a secretária de Cultura, Beatriz Araujo.
Quadro no Margs atingido pela enchente
Reprodução/RBS TV
Após a excursão, o estado deve receber um investimento do Fundo de Emergência da Unesco. No entanto, o valor só será estabelecido após os estragos serem mapeados.
A diretora da Unesco no Brasil, Marlova Noleto, afirma que outro objetivo da iniciativa é realizar um levantamento dos estragos juntos com o governo estadual.
A organização também planeja realizar iniciativas que capacitem as comunidades para o resgate de itens de acervo, obras de arte e prédios históricos. A proposta deve se transformar em um manual para auxiliar os responsáveis por essas ações.
Danos ainda seguem imprecisos
Acervos de museus do RS foram atingidos pela enchente
Reprodução/RBS TV
Ainda não há um balanço oficial do governo sobre o patrimônio afetado. No entanto, informações preliminares avaliadas pela Sedac junto aos municípios revelam que, em maio, quando 78 municípios estavam em estado de calamidade pública, 51 registraram danos em bens culturais ou acervos públicos.
Já nas 340 cidades que estavam em situação de emergência no mesmo período, 43 informaram estragos no patrimônio cultural.
Ao todo, o governo afirma que, ao menos, 50 museus foram afetados pelas enchentes – nove com calhas transbordadas e goteiras. Já as inundações foram confirmadas em 19 instituições culturais.
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