Após caso de doença de Newcastle no RS, SC emite nota para reforçar segurança em granjas


Medidas incluem restrição de visitas, análise de produtos vindos da região atingida e vigilância dos locais que receberam aves daquela área. Aviário em Santa Catarina
SAR/Arquivo
Após a identificação do vírus da doença de Newcastle em um aviário do Rio Grande do Sul, a Secretaria da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina emitiu uma nota técnica sobre medidas de segurança a serem adotadas em grandes aviários catarinenses.
A doença de Newcastle é uma enfermidade viral que contamina aves domésticas e silvestres. Ela pode causar, no máximo, conjuntivite transitória em humanos, podendo durar cerca de uma semana. A transmissão ocorre pelo contato, e não pelo consumo, segundo o professor de Medicina de Aves da Faculdade de Medicina Veterinária da UFRGS Hamilton Luiz de Souza Moraes.
Segundo a secretaria, o consumo da carne de aves e ovos de estabelecimentos avícolas inspecionados pelo Serviço Veterinário Oficial permanece seguro à população.
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Uma das medidas reforçadas pela secretaria em Santa Catarina é a restrição de acesso de pessoas que não estejam relacionadas à produção aviária.
Além disso, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) adotou ações para proteger o estado e dar segurança a países importadores. A nota foi emitida no sábado (20).
Entre as ações da Cidasc que estão:
análise de movimentação de animais e produtos de origem animal que tenham vindo da região onde foi registrado o caso;
vigilância das propriedades que receberam animais daquela região nos últimos 30 dias;
orientação aos Postos de Fiscalização Agropecuária (PFFs) da divisa com o Rio Grande do Sul para que haja a desinfecção de todos os veículos vindos da região do foco da doença.
Em Santa Catarina, todos os casos suspeitos da doença de Newcastle precisam ser notificados imediatamente à Cidasc.
Na sexta-feira (19), o governo federal suspendeu temporariamente a exportação de carne de aves para 44 países. As suspensões devem durar pelo menos 21 dias e variam o produto e a área, a partir do acordo comercial. Parte dos países considera carnes produzidas em todo o território nacional; alguns, somente no Rio Grande do Sul; e outros, em um raio de 50 km do foco da doença identificada.
Antes desse caso em Anta Gorda, os últimos confirmados no Brasil tinham ocorrido em 2006 em aves de subsistência, nos estados do Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Sul, conforme a secretaria.
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