
Em 2018, Elisângela Gouvêa, moradora de Volta Redonda, escreveu ao pontífice durante um momento difícil. Resposta do Vaticano trouxe mensagem de fé e bênção à família. Moradora de Volta Redonda relembra momentos com Papa Francisco
“Ele estava orando por mim”. Este é o relato de Elisângela Gouvêa, moradora de Volta Redonda (RJ), que enviou uma carta para o Papa Francisco e recebeu uma resposta do Vaticano há quase sete anos. A morte do pontífice foi anunciada na madrugada da última segunda-feira (21) e mobilizou pessoas em todo o mundo.
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Segundo a autora da carta, de 47 anos, que é devota de Nossa Senhora de Aparecida, a intenção era pedir orações e renovar a própria fé. Ela passou por um um momento de decepção agravado por crises de ansiedade e um quadro depressivo, que a impedia até mesmo de participar das missas.
Em novembro de 2018, em busca de conseguir perdoar pessoas próximas que a magoaram, ela escreveu ao Papa Francisco.
“Quando eu escrevi essa carta, a minha intenção era que ela fosse recebida pelo Vaticano e fosse para o altar da igreja. Mas, para minha surpresa, eu recebi uma resposta do próprio Vaticano, na qual dizia que o Papa Francisco estava me enviando uma bênção especial a mim e à minha família”, conta Elisângela.
Em janeiro de 2019, ela recebeu uma carta em nome do próprio Papa Francisco. A correspondência oficial de retorno do Vaticano agradeceu a confiança demonstrada pela fiel e destacou que o pontífice havia rezado pelas intenções mencionadas.
Carta enviada pelo Vaticano para Elisângela
Divulgação/TV Rio Sul
A carta também trazia uma bênção apostólica, incluindo também o marido e os filhos dela, além de uma foto do Papa e um terço como lembrança.
“Essa carta mudou toda a situação que eu estava vivendo, na qual a minha fé foi novamente fortalecida. E, como o Papa pediu, sempre que eu rezava nesse terço, eu rezava por mim e por ele”, afirmou Elisângela.
Desde então, Elisângela afirma ter mantido a prática das orações. Com a morte do Papa, ela decidiu tornar público o relato.
“O Papa Francisco era generoso e quantas vidas ele mudou com a sua oração e com a sua dedicação aos fiéis”, pontuou.
A carta também citava o trecho de um discurso de 2014 do Papa Francisco, sobre como lidar com a dor a partir da espiritualidade cristã.
“Viver a dor aceitando a realidade da vida com confiança e esperança, pondo o amor a Deus e ao próximo também no sofrimento: é o amor que transforma tudo”, informou a correspondência.
Líder da Igreja Católica desde 2013, Papa Francisco ficou marcado por discursos voltados à empatia, diálogo inter-religioso e defesa dos mais pobres.
Elisângela Gouvêa, de 47 anos, é casada, mãe e advogada. Escreveu a carta ao Vaticano em um momento difícil.
Divulgação/TV Rio Sul
Funeral do papa Francisco será no sábado às 5h
O Vaticano anunciou que o funeral do papa Francisco será às 5h de sábado (26), 10h no horário local de Roma. A data e outros detalhes foram decididos durante a reunião de cardeais nesta terça-feira (22).
Segundo o Vaticano, às 5h de sábado (no horário de Brasília) será celebrada a Santa Missa Exequial do papa Francisco na Basílica de São Pedro, presidida pelo cardeal Giovanni Battista. Após a missa fúnebre, o corpo do pontífice seguirá em procissão até a Basílica de Santa Maria Maggiore, onde será sepultado.
A Missa Exequial é uma celebração litúrgica católica realizada por conta do falecimento de uma pessoa e durante o funeral. O rito está previsto no livro “Ordem das Exéquias do Sumo Pontífice”, que determina as cerimônias fúnebres do pontífice.
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