
Próximo encontro sobre futuro da unidade hospitalar vai ser no Tribunal de Contas do Estado da Paraíba. Reunião no Ministério Público tratou do futuro do Hospital Padre Zé
Sílvia Torres/TV Cabo Branco
O Instituto São José, entidade responsável pelo Hospital Padre Zé, tem cinco dias a contar desta segunda-feira (14) para levantar toda a atual situação financeira da unidade hospitalar e também tudo o que já foi feito nos últimos meses pela nova diretoria.
A medida ficou definida durante reunião realizada no Ministério Público da Paraíba, que contou com representantes do hospital, do próprio MPPB, do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) e também das secretarias de saúde do Governo da Paraíba e da Prefeitura de João Pessoa.
Essa documentação deverá ser enviada para todas as partes envolvidas nos debates para, a partir daí, ser realizado um novo encontro, desta vez no TCE-PB.
De acordo com Alexandre Nóbrega, promotor das fundações do MPPB, o objetivo dessa segunda reunião é fomentar no âmbito do TCE um vículo jurídico entre o hospital e os entes públicos que eventualmente repassem dinheiro público ao Padre Zé.
“O Hospital Padre Zé não pode ficar sob ameaça de fechamento ao término de cada vínculo contratual”, pontuou Alexandre.
A reunião foi provocada a pedido do Instituto São José, que na última semana emitiu uma nota afirmando que, se os repasses públicos forem interrompidos, o Hospital Padre Zé fecharia as portas e não teria condições de funcionar.
De acordo com os atuais diretores, a unidade hospitalar funciona muitas vezes como uma instituição de longa permanência e só em 2024 acumulou uma dívida de mais de R$ 1 milhão.
Isso acontece, ainda de acordo com os diretores, porque o local vem sendo impedido de receber determinados auxílios. “Precisamos destravar aquilo o que é imprescindível para o funcionamento do hospital”, pontuou o padre George Batista.
A crise no Padre Zé começou em 20 de setembro de 2023, quando um esquema de corrupção envolvendo o antigo diretor do local, padre Egídio de Carvalho, foi descoberto.
As suspeitas é de que verbas públicas repassadas para o funcionamento do Padre Zé eram sistematicamente desviados. O ex-diretor está preso preventivamente e responde a pelo menos três ações judiciais.
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