Caso Vitória: trio acusado de envolvimento no crime é transferido para Tremembé


Acusados chegaram às unidades prisionais de Tremembé na tarde desta sexta-feira (20). Polícia Civil investiga morte da estudante Vitória Gabrielly
Reprodução/TV TEM
Os três acusados da morte da menina Vitória Gabrielly, de 12 anos, foram transferidos nesta sexta-feira (20) para presídios em Tremembé (SP). Presos desde junho, dois homens chegaram ao presídio por volta das 14h e a mulher cidade por volta das 15h.
Veja tudo o que se sabe sobre o caso
O servente de pedreiro Júlio César de Lima Erguesse e o Bruno Marcel de Oliveira foram levados para a penitenciária Doutor José Augusto Salgado, a P2 de Tremembé. Já Mayara Borges de Abrantes foi encaminhada para a penitenciária feminina de Tremembé.
As unidades são conhecidas por abrigarem presos condenados em casos de grande repercussão, como Suzane Von Richthofen e Alexandre Nardoni.
Antes de ser transferida de Sorocaba para o presídio em Tremembé, Mayara Borges afirmou que vai provar a inocência.
O Ministério Público denunciou na segunda-feira (16) o trio por sequestro, homicídio e ocultação de cadáver.
Suspeitos do caso foram levados para a Penitenciária P2, em Tremembé
Silas Basílio/ Rede Vanguarda
Segundo a investigação da polícia, Vitória Gabrielly foi morta por engano. O alvo seria a irmã de um rapaz que devia dinheiro a um traficante. A promotoria alega que os três cometeram o crime mesmo sabendo que era a vítima errada.
Na denúncia do MP, os promotores fundamentaram o pedido de prisão preventiva com informações sobre a personalidade dos suspeitos.
A promotoria afirma que os réus se mostram incapazes de conviver em sociedade, que têm “traços de personalidades animalescas” ao sequestrarem a menina de apenas 12 anos, e “frieza extrema” na execução do crime. Ainda conforme o documento, a menina Vitória Gabrielly foi morta pelos suspeitos para esconder o sequestro.
Morte por engano
A possibilidade de a menina ter sido morta por engano era investigada desde o início dos trabalhos da Polícia Civil. A linha de investigação foi confirmada a partir do depoimento de uma testemunha, ouvida no Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), na capital.
A testemunha, que teve a identidade preservada, afirmou que devia cerca de R$ 7 mil a um traficante e que tem uma irmã com as mesmas características da menina Vitória.
Mayara (à esquerda), Bruno (meio) e Júlio (à direita) foram indiciados pela morte de Vitória
Arquivo pessoal
Relembre o caso
Vitória Gabrielly desapareceu na tarde do dia 8 de junho, quando saiu de casa para andar de patins, em Araçariguama. Uma câmera de segurança registrou a menina na rua no dia do sumiço.
A adolescente foi encontrada morta oito dias depois, em 16 de junho, em uma mata às margens de uma estrada de terra, no bairro Caxambu.
Segundo a polícia, a garota estava com os pés e as mãos atados e o corpo amarrado a uma árvore. Vitória usava a mesma roupa que vestia no dia em que sumiu e os patins foram encontrados perto do corpo.
A morte da menina comoveu a cidade de Araçariguama, que se mobilizou para encontrá-la. Cerca de duas mil pessoas participaram do enterro.
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