Igreja católica é invadida, tem hóstias jogadas no chão e sacrário quebrado em Boa Vista

Suspeita é de que o crime tenha sido cometida por uma única pessoa, que não foi presa. Diocese de Roraima condenou vandalismo e ‘profanação da eucaristia’. Invasão ocorreu durante o período da Quaresma, que antecede a celebração da Páscoa no cristianismo. Igreja católica é invadida e tem objetos destruídos e jogados no chão em Boa Vista (RR).
Arquivo pessoal
A igreja católica Comunidade Cristo Ressuscitado, em Boa Vista, foi invadida e vandalizada durante a Quaresma — período litúrgico de 40 dias que antecede a celebração da Páscoa no cristianismo. O criminoso quebrou o sacrário do santuário e hóstias ficaram espalhadas pelo chão.
Em nota divulgada nas redes sociais nessa terça-feira (18), a Diocese de Roraima falou da “profanação da Eucaristia” e condenou o vandalismo.
Localizada no bairro Senador Hélio Campos, zona Oeste da capital, a igreja foi invadida na manhã do último sábado (15), quando estava fechada. Essa é a quarta vez que o local é invadido, a segunda só em 2025. Ninguém foi preso.
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Padre Fabiano de Oliveira, responsável pela Área Missionária São Raimundo Nonato.
Naamã Mourão/Rede Amazônica
A igreja faz parte da Área Missionária São Raimundo Nonato. De acordo com o padre Fabiano de Oliveira, responsável pela área, o criminoso quebrou uma das telhas do local e entrou pelo telhado. A suspeita é de que o crime tenha sido cometido por uma única pessoa, “baseado no histórico de invasões”.
“Essencialmente o sentimento que mais fica é de impotência, de revolta, mas também nós como cristãos nós temos o sentimento da misericórdia, que Deus vai ter misericórdia do seu povo e a gente torce para que as autoridades possam tomar as devidas providências com as pessoas que praticaram esse delito”, disse o padre, que afirmou que um boletim de ocorrência foi registrado.
No local, o sacrário foi destruído e as hóstias foram jogadas no chão. O sacrário é semelhante a um cofre, no qual a eucaristia — o Sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo — fica armazenada após as celebrações religiosas. Outros objetos litúrgicos, como cálices, também foram destruídos na invasão.
“Este ato de profanação não é apenas o ataque a um edifício, mas uma ofensa ao Corpo de Cristo, presente na Eucaristia, na comunidade dos fiéis e em toda a Igreja. A Eucaristia é o sacramento do amor de Deus, o alimento que sustenta a nossa caminhada e o sinal da unidade da Igreja”, disse a Diocese.
Sacrário era usado para guardar hóstias e foi destruído.
Naamã Mourão/Rede Amazônica
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