Mulher é presa por usar filha de 11 anos para aliciar crianças em esquema de prostituição


Um homem, de 37 anos, também foi preso. Esquema funcionava com encontros marcados pela suspeita, em um bar, localizado em um bairro na zona Oeste da capital. Prisões aconteceram nesta sexta-feira (29)
PCRR/Divulgação
Uma mulher, de 34 anos, foi presa nesta sexta-feira (29) por integrar um esquema de exploração sexual infantil em Boa Vista. Ela usava a própria filha, de 11 anos, para aliciar outras crianças, segundo investigações da Polícia Civil. Um homem, de 37 anos, também foi preso.
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As investigações iniciaram no dia 13 de novembro, quando uma mãe procurou a Delegacia Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) para denunciar o abuso sofrido pela filha de 11 anos. O esquema funcionava com encontros marcados pela suspeita, em um bar, localizado em um bairro na zona Oeste da capital.
O local era utilizado como ponto de encontro onde os suspeitos buscavam as vítimas e as levavam para pousadas e motéis. A investigada, além de aliciar as crianças, também se beneficiou financeiramente da exploração. A Civil identificou mais quatro vítimas aliciadas pela mulher e está em andamento as diligências para identificar outros suspeitos do crime.
“Essa aliciadora utilizava a própria filha para atrair outras crianças. Identificamos que o esquema envolvia outros autores e que as vítimas estavam sendo ameaçadas pela suspeita, o que pode levar a novos desdobramentos no caso”, destacou Matheus Rezende, delegado adjunto da DPCA.
O homem, de 37 anos, se aproveitava da vulnerabilidade das vítimas, oferecendo dinheiro e presentes em troca de favores sexuais. Ele tem passagens na Polícia, por crimes de ameaças, lesões corporais e embriaguez ao volante.
A Vara de Vulneráveis decretou a prisão da dupla. No início da manhã de hoje a mulher foi presa no bairro Cinturão Verde, enquanto o acusado no bairro Aracelis. Os dois investigados serão responsabilizados pelos crimes de estupro de vulnerável, favorecimento à prostituição e outros delitos relacionados.
O caso foi atendido no âmbito da Operação Hagnos, deflagrada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
“Reforçamos a importância de denunciar crimes dessa natureza. As informações podem ser repassadas de forma anônima pelo Disque-Denúncia 181. A identidade dos denunciantes será preservada”, disse o delegado.
Os dois presos foram conduzidos à sede da DPCA, onde tiveram as prisões formalizadas. Eles foram apresentados na Audiência de Custódia, que homologou a prisão preventiva, encaminhando-os ao Sistema Prisional.
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