Corpo de mulher encontrada morta em condomínio na Barra da Tijuca, no Rio, é enterrado em Campos; filho está preso


Marly Paes, de 63 anos, foi assassinada no domingo (17). O filho dela, Raphael Paes Castro, de 34 anos, foi preso em flagrante e passou por audiência de custódia nesta terça-feira (19). O corpo de Marly Paes, de 63 anos, foi enterrado no Cemitério do Caju, em Campos
Matheus Augusto/g1
O corpo de Marly Paes, de 63 anos, foi enterrado no Cemitério do Caju, em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, na tarde desta terça-feira (19). O cortejo chegou um pouco antes das 16h. Familiares e amigos estavam muito abalados e não falaram sobre o caso.
Marly morreu no domingo (17), e o filho, Raphael Paes Castro, de 34 anos, foi preso em flagrante suspeito do crime. Ele passou por audiência de custódia na tarde desta terça e teve a prisão em flagrante convertida para preventiva pela Justiça.
O crime ocorreu em um condomínio de luxo na Avenida Embaixador Abelardo Bueno, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A polícia investiga a hipótese dele ter tido um surto, já que fazia tratamento contra o transtorno de bipolaridade.
Após a audiência de custódia, a Justiça pediu que ele seja encaminhado para tratamento médico por conta dos relatos de surto psiquiátrico.
Filho é preso em flagrante pela morte da mãe em condomínio na Barra da Tijuca
O corpo de Marly foi encontrado pelos vizinhos dentro do apartamento. De acordo com os moradores, a vítima ia comemorar o aniversário com um churrasco na mesma data.
O velório ocorreu na igreja Batista da Coroa. Viviane Lanunce, sobrinha da vítima, disse ao g1 que a família está sem entender o que aconteceu.
“A minha tia, Marly, ela era uma pessoa excepcional, super carinhosa, dedicada à família, dedicada a ajudar a pessoas que tinham algum tipo de necessidade, serva de Deus, servia a igreja Batista Atitude, que está nos dando maior apoio, apaixonada pelo filho e o filho apaixonado por ela. A gente está sem entender o que aconteceu, mas ela era maravilhosa. Excepcional, estudiosa, foi secretaria bilíngue HSP por anos, se dedica ao trabalho. Só tinha o Raphael de filho, e 17 irmãos. Há uns 30 anos ela foi para o Rio para trabalhar, estudar inglês e estava aposentada. Muita dor, muita tristeza”, disse.
Familiares e amigos estão na igreja Batista da Coroa para o velório
Yuri Ramos/g1
Amigos e vizinhos ficaram chocados
Raphael Paes Castro tinha recentemente se convertido à religião evangélica, seguia um tratamento contra o transtorno de bipolaridade há mais de cinco anos e tinha deixado de atuar como DJ.
Amigos e parentes ficaram chocados com a morte de Marly Paes. O crime foi tratado como algo surpreendente, sem nenhum indício anterior de agressões ou problemas entre mãe e filho, apesar de Raphael já ter tido surtos psicóticos anteriormente.
O g1 conversou com vizinhos e com uma prima de Raphael, que considera o homem como um irmão, e tinha a vítima como madrinha.
Raphael Paes Castro foi preso em flagrante pela morte da mãe
Reprodução
Fabiana Paes, de 30 anos, disse que acredita que Raphael precisa ficar em local adequado para tomar a medicação que tem prescrita contra o transtorno de bipolaridade. Segundo ela, ele estava em surto quando matou a mãe.
“É muito chocante porque é algo que ninguém nunca imaginou, nunca deu um indício. As pessoas precisam entender que não foi o Raphael Castro que fez isso na sua sanidade mental. Ele está em surto psicótico, e precisa de tratamento. Quando ele retornar disso, e conseguir assimilar as coisas, eu não sei como que vai ser a vida dele”, disse Fabiana.
Filho é preso em flagrante pela morte da mãe em condomínio na Barra da Tijuca
Reprodução
Adicionar aos favoritos o Link permanente.