Pai e filho suspeitos de manter jovens em cárcere em casa de prostituição de SC: o que se sabe e o que falta saber


Dupla foi presa, mas foi solta após Justiça não atender pedido de prisão preventiva. Polícia Civil diz que vítimas relataram falta de alimentação, dormitórios insalubres e ‘multa’ para sair. Pai e filho são presos suspeitos de manter 3 jovens em cárcere e obrigá-las a fazer programas sexuais
Polícia Civil/Divulgação
A Polícia Civil investiga dois homens, pai e filho, suspeitos de manter três mulheres em cárcere privado e obrigá-las a fazer programas sexuais em São Lourenço do Oeste, em Santa Catarina.
Segundo a corporação, as vítimas foram encontradas em um estabelecimento usado como casa de prostituição. A denúncia que levou as autoridades até o local relatava que as vítimas não eram autorizadas a sair do local sem vigilância.
No sábado (26), os dois chegaram a ser presos em flagrante, mas foram soltos um dia depois, no domingo (27) após a Justiça negar a prisão preventiva.
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Veja o que se sabe e o que falta saber sobre o caso:
Quem são as vítimas?
Quem são os suspeitos?
Onde elas foram resgatadas?
Quando os dois foram presos?
Quais os crimes são suspeitos?
As mulheres estavam no local há quanto tempo?
Qual foi a denúncia que levou a polícia até o local?
As mulheres chegaram a fazer programas sexuais?
Como a polícia foi até o local?
Quem são as vítimas?
As mulheres que denunciaram o caso são do Paraná e têm 20, 23 e 24 anos. Uma delas já fazia programas sexuais há alguns meses e as outras iniciaram na semana passada.
Quem são os suspeitos?
Os suspeitos são pai e filho, de 45 e 25 anos. As identidades deles não foram divulgadas. O g1 não teve acesso aos advogados ou defesa.
Pai e filho são presos suspeitos de manter jovens em casa de prostituição
Onde elas foram resgatadas?
As mulheres foram retiradas de uma boate em São Lourenço do Oeste. O local, o conforme o delegado Régis Stang, era afastado da área urbana.
A cidade tem 24 mil habitantes, está localizada a 107 quilômetros de Chapecó, principal município do Oeste, e a 606 quilômetros de Florianópolis, capital de Santa Catarina.
Quando os dois foram presos?
Os dois foram presos em flagrante no sábado (26). No domingo (28), foram soltos após a Justiça negar a prisão preventiva, segundo informou a Polícia Civil.
Quais os crimes são suspeitos?
Eles foram detidos em flagrante pelos crimes de exploração sexual, cárcere privado e por manter casa de prostituição. A investigação será encaminhada à Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (Dpcami).
As mulheres estavam no local há quanto tempo?
Responsável pela operação, o delegado Régis Stang informou que as mulheres chegaram no local há três dias antes da prisão.
Qual foi a denúncia que levou a polícia até o local?
Pai e filho são presos suspeitos de manter 3 jovens em cárcere e obrigá-las a fazer programas sexuais em SC
Polícia Civil/Divulgação
Segundo o relato das vítimas, elas foram até o local com a com a promessa de que poderiam escolher os clientes e receber exatamente o valor que quisessem cobrar, além de ganhar hospedagem, alimentação e comissão por bebidas vendidas no estabelecimento.
No entanto, no local elas não recebiam alimentação e não podiam sair sem a supervisão de outros funcionários. As jovens também tinham que dormir em quartos insalubres, mesmo local onde deveriam atender clientes. Além disso, para sair uma “multa” havia sido imposta.
Conforme a Polícia Civil, o proprietário do estabelecimento também fez comentários de que se as mulheres não conseguissem clientes elas seriam agredidas.
As mulheres chegaram a fazer programas sexuais?
Segundo o delegado Régis Stang, duas das mulheres chegaram a fazer programas sexuais com clientes, mas os pagamentos foram retidos pelos gerentes com o pretexto de compensação das dívidas.
Como a polícia foi até o local?
As mulheres chegaram a planejar fugir do local, mas uma delas conseguiu contato com um irmão do do Rio Grande do Sul pelo celular. O familiar informou a Polícia Civil gaúcha, que acionou a inteligência de São Lourenço do Oeste. A Polícia Militar também participou da ação.
Não houve retenção de celulares e de documentos pessoais.
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