Desembargadores do TJPE negam recurso da defesa de Marcelo da Silva, acusado de matar Beatriz Angélica Mota


Defesa do réu alegou não haver provas suficientes para comprovar a culpa de Marcelo pelo homicídio de Beatriz, ocorrido em 10 de dezembro de 2015. Caso Beatriz
Montagem/Reprodução
Os desembargadores da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) decidiram negar, por unanimidade, o recurso da defesa de Marcelo da Silva, com o pedido para que ele não fosse levado à júri popular pelo assassinato de Beatriz Angélica Mota, de 7 anos, em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. A sessão, no formato virtual, foi realizada na tarde desta terça-feira (23).
A defesa do réu alegou, no recurso em sentido estrito, não haver provas suficientes para comprovar a culpa de Marcelo pelo homicídio de Beatriz, ocorrido em 10 de dezembro de 2015. Relator do recurso, o desembargador Honório Gomes do Rego Filho foi breve na sessão, afirmando que o voto era unânime e que afastava “todas as preliminares suscitadas pela defesa para negar provimento ao recurso defensivo”, mantendo a pronúncia e, consequentemente, o júri popular.
A defesa ainda pode apresentar embargos de declaração. E, posteriormente, levar o processo ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). O réu, preso preventivamente, responde pelo crime de homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, com emprego de meio cruel e mediante dissimulação, recurso que dificultou a defesa da vítima.
Entenda o caso
A menina de 7 anos participava da formatura da irmã em uma das escolas mais tradicionais de Petrolina quando saiu para beber água e desapareceu.
Reprodução/TV Globo
Beatriz Angélica, de 7 anos, foi morta em 10 de dezembro de 2015, quando estava na formatura da irmã, no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, um dos mais tradicionais de Petrolina. Segundo investigações, a menina recebeu dez facadas.
Ela saiu do lado dos pais para beber água e desapareceu. Vídeos registraram o momento em que a menina saía da solenidade. O corpo de Beatriz foi achado dentro de um depósito de material esportivo da instituição, com uma faca do tipo peixeira cravada na região do abdômen. A menina também tinha ferimentos no tórax, membros superiores e inferiores.
Com a demora para a solucionar o caso, em dezembro de 2021, pouco depois do crime completar seis anos, os pais de Beatriz fizeram uma caminhada de Petrolina até Recife, para pedir justiça. O caso Beatriz Angélica começou a ser solucionado em janeiro de 2022. Na época, a Polícia Científica afirmou que Marcelo da Silva confessou o assassinato.
A polícia esclareceu que chegou ao suspeito a partir de exames de DNA na faca usada no assassinato. Quando as autoridades fizeram o anúncio da descoberta, Marcelo da Silva já estava preso por outros crimes.
O DNA encontrado na faca foi comparado com o material genético de 124 pessoas consideradas suspeitas ao longo dos seis anos da investigação.
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