Brasileiros do interior do RJ que vivem no exterior foram às urnas para escolher presidente do Brasil


Resultado já terminou em alguns países da Ásia, Oceania e Europa. O g1 conversou com brasileiros de São Pedro da Aldeia, Teresópolis e Maricá que estão fora. Brasileiros formam filas para votar em países da Europa
Quase 700 mil brasileiros que vivem no exterior votaram neste domingo (2) para escolher o próximo presidente do Brasil – para quem vive em países estrangeiros, só é possível votar para esse cargo.
Segundo informações do Ministério das Relações Exteriores (MRE), dos 4,4 milhões de brasileiros vivendo no exterior, 697.084 estão aptos para votar em embaixadas, consulados e repartições diplomáticas espalhadas por 159 cidades de 97 países.
A eleição já terminou em alguns países da Ásia, Oceania e Europa, e fotos dos boletins de urnas desses locais começaram a ser postadas na internet. Brasileiros enfrentaram filas para votar no exterior.
Brasileiros que vivem fora podem votar pedindo a transferência através do Título Net Exterior, que é a plataforma da Justiça Eleitoral e enviar a documentação solicitada.
O g1 Inter TV, em três páginas g1 Região dos Lagos, g1 Região Serrana e g1 Norte Fluminense, cobre 50 cidades do Estado do Rio e conversou com alguns brasileiros que estão fora e foram votar.
Estados Unidos
Lívia enfrentou fila para votar em Washington DC
Lívia Brown/Arquivo pessoal
A Lívia Brown, tem 30 anos e é natural de São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos do Rio. Ela mora há três anos em Leonardtown, Maryland, nos Estados Unidos e essa foi a primeira vez que votou estando longe do Brasil.
Ela fez questão de votar por ser o ato de cidadania mais importante que existe.
“É a forma mais eficiente que temos de fazer com que a nossa voz seja ouvida. O que nós fazemos dentro da cabine de votação impacta a vida de mais de 200 milhões de pessoas. É uma responsabilidade enorme que tem que ser levada a sério. Votar é questão de sobrevivência”, afirma.
Onde ela mora, não era possível votar e por isso foi para Washington DC, que fica a mais ou menos 1h30 de distância. Ela foi no sábado (1º) para não ocorrer nenhum imprevisto.
“Todos os brasileiros dessa área, dos estados que ficam em volta da capital americana, votam no mesmo local”, explica.
Quem também foi votar nos Estados Unidos foi a Priscila Zwar, de 30 anos. Natural de Maricá, na Região Metropolitana do Rio, ela mora há 5 anos no país e essa também é a primeira vez que vota fora.
“Eu acho importante votar pois como brasileiros, temos que colocar a nossa voz nas urnas em nome da democracia”, afirma.
Ela mora em Seattle, no estado de Washington e foi para São Francisco votar no consulado.
Portugal
Fila no Consulado brasileiro, em Farol, em Portugal
Arquivo pessoal
Uma brasileira natural de Teresópolis, na Região Serrana do Rio, votou no Consulado brasileiro no Algarve, no sul do país. Ela, que preferiu não ser identificada, mora há sete anos fora e contou que essa foi a primeira vez que votou.
Ela diz que a importância do dever cívico é “não deixar o país na berlinda de ladrões mentirosos, inescrupulosos e corruptos” e que mora fora devido ao caos que o país ficou há 7 anos.
Inglaterra
No Reino Unido, Fatima Medeiros, de 64 anos, fez questão de ir até Londres exercer seu direito de cidadania. Ela mora em Bicester, que fica a uma hora da capital e precisou pegar duas linhas diferentes de metrô para votar.
“Estou com problema no joelho, mas mesmo com dor e bengala irei, pois tem que haver uma mudança no nosso país. Pena que poucos se inscreveram para votar, a não ser membros filiados a igrejas protestantes. Isso é grave pois crença não deveria se misturar com política, o Brasil é um país democrático e o voto é secreto”, afirma.
Ela é natural da cidade do Rio de Janeiro mas vivia em Petrópolis, na Região Serrana do Rio.
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